Um dos problemas que precisamos enfrentar nas escolas são o Bullying e o CyberBullying. Não é difícil da gente se deparar com notícias trágicas de pessoas que não aguentaram a pressão e acabaram tirando a própria vida. Um dos fatores maiores pela propagação são as redes sociais, e assim, o bullying passa a ser considerado um cyber bullying.
O termo bullying surgiu na Noruega, na década de 80, mas a prática sempre existiu. Hoje em dia, ninguém precisa sair de casa para sofrer ou praticar esse tipo de agressão. Afinal, a internet – infelizmente – também é usada com esse fim.
Existem várias formas de bullying online. Aqui no site, já fiz uma matéria sobre 6 casos de CyberBullying que tiveram um final trágico. Essas 6 pessoas geraram muita repercussão internacional. Nesse post, vou colocar casos que infelizmente aconteceram, mas que não tiveram tanta repercussão apesar da crueldade.
A maior parte desses cyberbullying e bullying, acontece dentro das escolas. A adolescência pode ser um período bem cruel para muita gente. Não à toa, é durante ela que a maioria dos casos de bullying costumam acontecer. E muitos deles acabam tendo consequências bastante graves, seja para quem praticou ou para quem sofreu as agressões. Pior ainda, em muitos casos, pessoas que nem tiveram nada a ver com elas acabam também pagando o preço.
1. Angelina Green
Em março de 2013, Angelina Green tinha apenas 14 anos. Há algum tempo, ela relatava à mãe que tinha problemas com outros alunos da escola onde estudava. Angel, inclusive, chegou a tentar se suicidar duas vezes por conta disso.
A menina saía para pegar o ônibus escolar todos os dias por volta das 6 da manhã. Era comum que a mãe fosse um pouco mais tarde até o ponto, ver se estava tudo bem e se a filha já estava a caminho da escola. Naquele dia, ao chegar no ponto de ônibus, ela viu o que não queria.
Angelina Green havia se enforcado em uma árvore próxima ao ponto de ônibus. Assim, as outras adolescentes que faziam bullying com ela poderiam ver o que causaram. A menina inclusive chegou a escrever um bilhete, que a mãe achou mais tarde no quarto, que dizia “foi o bullying que me matou”.
2. Ashley Cardona
Ashley Cardona tinha apenas 12 anos quando tudo aconteceu. Ashley era bastante alta e tinha uma cicatriz no rosto. Isso fez com que os colegas de escola passassem a escolher apelidos degradantes para a menina.
Ela mencionou o bullying em casa apenas uma vez. Mesmo assim, ele parece ter acontecido por tempo o bastante para que ela não pudesse mais aguentar. Em 2014, ela fez um post no instagram dizendo que não estava bem. Pouco depois disso, cometeu suicídio.
3. Jamel Myles
Jamel Myles tinha apenas 9 anos quando, pouco antes da volta às aulas, decidiu contar para a mãe que era gay. Ele ficou com medo da reação dela, mas foi bem aceito pela família e estava orgulhoso de si mesmo.
Decidiu, então, fazer o mesmo na escola durante a primeira semana de aulas. A reação das outras crianças, no entanto, não foi tão receptiva. A irmã mais velha de Jamel conta que, inclusive, algumas crianças disseram que ele deveria se matar.
E foi exatamente o que ele fez ao voltar da escola depois do quarto dia de aula.
4. Rebecca Ann Sedwick
Com apenas 12 anos, Rebecca Ann Sedwick viu a vida dela se tornar um inferno. Suas redes sociais rapidamente se tornaram motivo de vergonha para a menina, já que só recebia mensagens ofensivas.
Além disso, ela sofria represálias pessoalmente na escola. Tudo isso, segundo outros alunos, por causa de um menino. Duas meninas, em especial, foram mais duras com Rebecca e a polícia acredita que tenham sido, em parte, responsáveis pelo suicídio dela.
A idade foi provavelmente um grande fator para inocentá-las, mesmo que houvesse provas de que as mensagens tinham a intenção de agredi-la. Por mais de um ano, Rebecca leu mensagens como “você é feia”, “deveria se matar”, “por que ainda está viva?”.
5. Mallory Grossman
Mallory Grossman era uma ginasta de 12 anos da cidade de Rockaway Township e era muito querida por todos, deixando muitos se perguntando o que levou essa jovem a tirar a própria vida. Seus pais, Dianne e Seth Grossman, disseram que sua filha morreu após meses de bullying pessoal na escola e seguia no online cometido por vários colegas de classe.
De acordo com as informações, um grupo de alunos decidiu usar um celular para perseguir a menina de 12 anos. Cada vez com um aluno diferente, o aparelho era usado para mandar mensagens ofensivas no Instagram e Snapchat de Mallory.
As mensagens frequentemente falavam mal da aparência dela e provocavam a menina a se matar. A mãe de Mallory, ciente do problema, chegou a conversar com os pais de algumas das outras crianças e com responsáveis pela escola. Mesmo assim, nada mudou.
Antes de cometer suicídio, ela dizia que estava com dores de cabeça e estômago e não queria ir para a escola. Tudo isso, com fundo emocional.
Dianne Grossman, a mãe, contatou os pais das meninas que supostamente intimidaram sua filha. Ela disse que até falou com a mãe de uma das meninas em 13 de junho, na noite anterior ao suicídio de Mallory. A mãe minimizou o suposto bullying.
No outro dia, no dia 14 de junho de 2017, Mallory tirou sua própria vida.
6. Hannah Smith
A britânica Hannah Smith, de 14 anos foi encontrada enforcada em seu quarto após sofrer assédio moral em seu perfil na rede social Ask.fm. Entre as mensagens deixadas no perfil da adolescente algumas diziam: “Morre, todos ficarão felizes”, “Faça-nos um favor e se mate” ou “Ninguém vai se importar, se você morrer, cretina”. A rede social defende que a jovem se auto-insultou, sendo que a maioria dos insultos publicados anonimamente no perfil da jovem foi escrita pelo computador da vítima.
Sua família nega a versão dos proprietários da rede social.
7. Josie Leigh Herniman
O corpo da britânica, Josie Leigh Herniman, 15 anos, foi encontrado em uma floresta do condado de Somerset, na Inglaterra, a um quilômetro de sua casa, em setembro de 2014. Amigas disseram que ela sofria bullying, mas essa teoria não foi comprovada ainda pelos policiais. Popular na escola, Josie tinha vários amigos e boas notas de Matemática e Computação.
Um de seus amigos, Jerry Jackson, escreveu no Facebook: “Se não fosse por aqueles agressores, você ainda estaria viva”.
8. Dylan Stewart
O britânico Dylan Stewart, 12 anos, morreu após se enforcar devido ao bullying sofrido em sua escola. Em depressão, Stewart se enforcou e foi encontrado por sua mãe Amanda e seu pai Robert, agonizando com uma corda no pescoço, dentro de casa. Oito dias depois, sua morte foi declarada. Os pais da criança publicaram fotos dele morto para tentar sensibilizar os agressores.
9. Jon Carmichael
O pequeno Jon Carmichael, 13 anos, sempre sofreu bullying dos chamados “valentões da sala”. Por ser baixo e magro, o americano da cidade de Cleburne, no Texas, já foi colocado diversas vezes na lata de lixo da escola Loftin Middle School. Um de seus colegas de sala, Chris Montelongo, disse que as agressões não passavam de brincadeiras com a vítima e que, no fundo, todos o consideravam um amigo.
Em março de 2010, Carmichael se enforcou no celeiro de seus pais.
10. Jamey Rodemeyer
O americano Jamey Rodemeyer, de 14 anos, publicou um vídeo a favor da comunidade LGBT em sua conta do Youtube, no mês de maio de 2011. Em setembro, ele tirou a própria vida, após sofrer diversos insultos na escola onde estudava, e na internet.
Homossexual assumido, Rodemeyer falava na gravação que os demais adolescentes gays deveriam assumir suas opções sexuais e buscar o apoio um dos outros.
Após a sua morte, diversos internautas demonstraram simpatia e apoio pela causa defendida por ele.
Conclusão
O bullying pode trazer consequências irreparáveis para a saúde social e mental das pessoas, então antes de “apelidar”, “zoar” ou “brincar” com alguém, pense nisso. Como visto essas consequências podem ser fatais, mas muitas pessoas ainda consideram uma travessura, inofensiva, que faz parte da infância/adolescência de qualquer pessoa normal, dá pra acreditar? É necessário cada vez mais reforçar o quanto é necessário se atentar a esses casos, que quase sempre acontecem no ambiente escolar ou na internet.