Cada dia uma invenção pior que a outra. Aliás essa de diferenciar o Selo Azul do Selo Cinza o Facebook havia tentado em 2015 e não logrou êxito, tanto que em outubro de 2019 eles “recolheram” todos os selos cinzas dados para as empresas que estavam dentro da plataforma. E agora o Twitter reedita essa ideia e apresenta além disso o selo amarelo, ou dourado.
Queria deixar claro que esse recurso de selo de verificação ao meu entender é sempre importante ter, afinal, mostra por documentos que aquele usuário online tem um CPF ou CNPJ por trás dele e portanto pode ser responsabilizado pelas suas publicações e assim, tanto figura pública, empresa de mídia ou marca tem identidade comprovada e autêntica e podem ser processadas.
A separação do Twitter se deu de outra forma. Ele adotou a seguinte ideia.
when you subscribe you’ll get Edit Tweet, 1080p video uploads, reader mode, and a blue checkmark (after your account has been reviewed)
— Twitter (@Twitter) December 10, 2022
Selo Amarelo
O Selo amarelo ou dourado, deveria ser apenas para mostrar “pessoas notáveis no governo, nas notícias, no entretenimento ou outras categorias”, embora nem todos tenham sido contemplados. A impressão que tá dando é que o Selo Amarelo é para empresas e o Selo Azul é para Figuras Públicas e não tem nada a ver com isso.
Selo Azul
O blue check deve ficar restrito para quem pagar pelo Twitter Blue, serviço de assinatura premium da rede social. Esse ícone será usado para mostrar somente que aquela foi uma conta verificada com o pagamento, sem qualquer checagem adicional.
Por enquanto, algumas pessoas jurídicas e físicas ainda estão com o selo azul, mesmo sendo influenciadores digitais ou jornalistas o que pela regra nova, essas contas deveriam ter o selo amarelo.
A única forma de diferenciar as pessoas notáveis dos assinantes do Twitter Blue agora é passando o mouse sobre o selo da pessoa. Quem é assinante terá uma descrição específica de quem foi manualmente verificado pelo Passarinho Azul. E eu achei piada demais a conta verificada do Skype com quase 5 milhões de seguidores ter um lembrete de “essa conta pode ou não ser de uma pessoa com notoriedade”
A do Whatsapp, por exemplo, está usando o Selo Amarelo, o que mostra novamente que não tem nada a ver Azul ser para celebridades e amarelo para empresas.
Selo Cinza
Desfeito essa confusão acima, o selo cinza deveria ficar para órgãos governamentais, mas a verdade é que ninguém ainda tem esse Selo Cinza. A promessa de Elon Musk, dono do Twitter, era separar a cor para diferenciar perfis de ministérios ou secretarias de governo para dar mais ênfase às informações oficiais.
Ainda não foi visualizado nenhum selo cinza, exceto o que já vinha sendo usado para destacar contas oficiais. Segundo o perfil oficial do Twitter, essa nova marca será implementada em breve para “governos e contas multilaterais”.
Não está claro o que seriam essas contas multilaterais, mas é provável estarem relacionadas a perfis que se enquadrem em duas categorias ao mesmo tempo. Um Ministro de Estado, por exemplo, é uma pessoa notável no governo, mas fala em nome do seu ministério. É diferente de um político sem mandato ou de um senador, cuja fala representa a si próprio apenas.
E por que Elon Musk resolveu fazer isso? Então, a ideia inicial dele era acabar com a “casta” dos verificados, que, segundo ele, seria uma forma de segregação entre os usuários. Com a liberação geral através de pagamento, surgiu uma onda de perfis falsos tentando enganar as pessoas e inclusive vieram os memes e os deboches. Você pode ler mais sobre isso nesse post abaixo:
Elon Musk vira chacota ao vender selos verificados do Twitter
Na verdade, o checkmark nunca foi para dar superioridade a ninguém, e, sim, para mostrar a autenticidade daquela conta. Agora, em meio a tantos selos diferentes, não está servindo para propósito algum além da proposta de ganhar dinheiro em cima dos usuários do próprio Twitter.
O Twitter Blue foi relançado com o ícone de azul e outras vantagens para quem pagar US$ 8 (cerca de R$ 42, em conversão direta) por mês. A compra é mais cara para usuários do iPhone, como forma de cobrir os custos da taxa aplicada pela Apple nas vendas.