Você provavelmente conhece alguém no Facebook que já morreu. Bem, e o que será que acontece com os perfis nas redes sociais após a morte de seus donos?
Você sabia que 30 milhões de usuários do Facebook já morreram nos oito primeiros anos de existência da rede social mais popular do mundo?
Durante os oito anos de vida do Facebook, quase 30 milhões de seus usuários morreram – Ilustração O GLOBO RIO
Para elucidar a questão, a empresa americana de webdesign WebpagesFX montou um infográfico explicando exatamente como as empresas Facebook, Twitter, Pinterest, Linkedin e Google lidam com o tema. Enquanto todas as companhias garantem que os dados dos falecidos continuam a ser deles, o tempo de desativação da conta após a notificação da morte do dono do perfil por parentes pode variar.
O gráfico levanta e responde quatro perguntas básicas sobre o tema: Quem passa a ser dono dos dados de um perfil após o seu dono falecer? Em quanto tempo um perfil de um falecido é desativado? O que acontece com o perfil digital de um amigo ou parente quando eles morrem? E outros usuários podem reivindicar o nome de usuário do falecido?
Facebook, Twitter, Pinterest, Linkedin e Google garantem que as informações dos seus usuários continuam a ser deles mesmo após a sua morte. No entanto, o Pinterest é a única rede que não apresenta nenhuma exceção quanto à regra: todas as demais companhias podem ceder as informações a familiares e amigos autorizados previamente pelo usuário falecido ou pela Justiça, em casos específicos.Já o tempo de desativação da conta de alguém que morreu varia de acordo com o site.
Enquanto no Facebook e no Linkedin ele é imediato após as empresas serem avisadas sobre a morte dos usuários, no Twitter o tempo é de seis meses após a notificação, e no Google, nove meses. No Pinterest, os perfis de falecidos nunca são desativados.
Em meio à dor e aos transtornos causados pela perda de um ente querido, familiares dos falecidos podem solicitar a desativação dos seus perfis digitais. Os documentos exigidos para o processo, no entanto, variam de acordo com a rede social. O Facebook exige qualquer documento que prove que o falecido é parente direto do solicitante; o Twitter pede o certificado de óbito do usuário e a sua identidade; o Pinterest exige o certificado de óbito do usuário e uma prova da sua relação com o solicitante; o Linkedin requer do nome do usuário, o nome da empresa em que ele trabalhava, além do link para o perfil do usuário e o seu e-mail; por último, a Google pede o certificado de óbito do usuário o conteúdo de um e-mail que tenha sido enviado pelo falecido em vida. Apenas o Facebook e o Linkedin permitem que outras pessoas reivindiquem o nome de um usuário após a morte de seu dono.
Criado pelo designer Dan Shaffer, o infográfico ainda indica dados curiosos, como o fato de 30 milhões de usuários do Facebook terem morrido nos oito anos de existência da rede social mais popular do mundo. O número equivale a uma média de 428 mortes de usuários por hora, ou 312.500 pessoas por mês.
Caso o Facebook pare de conquistar novos usuários, o número de perfis de falecidos na rede superará o de pessoas vivas em 2065 — no entanto, caso a rede continue a se tornar popular, os mortos superarão os vivos no ano 2130. O infográfico completo pode ser encontrado em inglês neste link.