7abr

Privacidade Na Internet existe ou não?

Não se iluda, não existe nada gratuíto na internet. Aliás, desconfie de algo dito “gratuito”. Lembre-se  NA INTERNET: SE VOCÊ NÃO PAGA, VOCÊ É O PRODUTO COMPRADO.

“O que antes era somente sonho de ficcionistas como George Orwell, Julio Verne e Aldous Huxley hoje já é realidade. Vivemos como se, de fato, fôssemos personagens de um imenso Big Brother –inspirado, aliás, numa antevisão de Orwell– onde já não mais existe privacidade. Com um simples clicar de botão, é possível para as autoridades levantar todos os dados de sua vida –sejam eles pessoais, profissionais ou mesmo secretos.

NA INTERNET: SE VOCÊ NÃO PAGA, VOCÊ É O PRODUTO COMPRADO

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Redes sociais como ‘Facebook’, ‘Linkedin’ e outras foram criadas exatamente com esta finalidade, a de angariar dados que as pessoas colocam de graça em troca de um serviço. Como dizem os especialistas em Marketing, se você não paga nada por um produto ou serviço, isto significa que você é o produto que está sendo comercializado. Ou melhor, estão sendo comercializadas as informações que você disponibilizou por sua própria conta –e risco.

Através desse mapeamento, as companhias podem direcionar suas campanhas de Marketing de maneira mais objetiva. Não há razão para enviar amostra do produto em amarelo para Alice se ela mesma já declarou ser o azul sua cor predileta. E assim, através dessa seleção natural, os empresários e grupos organizados vão conquistando cada vez mais adeptos para seus produtos e serviços e também para suas causas.

A sociedade moderna, a cada dia, torna-se mais invasiva. Quando a polícia técnica efetua seus trabalhos de investigação para rastrear os suspeitos de crimes e de fraudes, vasculha todos os instrumentos usados pelos cidadãos. Dessa maneira, os peritos examinam as ligações feitas e/ou recebidas pelo suspeito e recuperam os dados contábeis e financeiros para ver se eles podem revelar informações importantes para o esclarecimento do caso.

E o que dizer das onipresentes câmeras de vídeo? Elas estão em todos os locais a denunciar crimes, roubos ou mesmo atos indiscretos. Que o diga Dominique Strauss-Khan, que trocou uma provável Presidência da França por uma desastrada cantada em uma camareira da Guiné num hotel de luxo em Nova York. A moça denunciou o figurão, e contou com as inestimáveis ajudas das câmeras e do laboratório que acusou a presença do DNA do sexagenário Don Juan numa amostra de sêmen colhida no quarto. Somente restou mesmo a ele mudar a história e afirmar que o sexo havia sido consensual.

Nada escapa dessas máquinas sofisticadas que atuam como olhos mecânicos do Big Brother. Nos aeroportos, somos submetidos a verdadeiro escrutínio no qual nossa privacidade é totalmente desrespeitada. A bagagem é examinada cuidadosamente e há, até mesmo, excesso de zelo, com o confisco de cremes e pastas de dente. Entretanto, o transtorno é tolerado porque o cuidado nunca é demais ao sabermos que terroristas suicidas podem inflitrar-se levando com eles instrumentos e elementos que podem provocar uma tragédia acima das nuvens.” (…)

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Sobre Marcus Pessoa

Nascido em Manaus, sou designer e empreendedor, focado em cultura amazônica, comunicação digital, economia criativa, turismo e empreendedorismo.
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