O Grupo Meta, responsável pelo Facebook, anunciou que poderá ser obrigado a remover todas as notícias da rede social caso o congresso americano aprove uma lei em tramitação. A notícia afirma que caso aprovada, esssa lei dá aval para que empresas de mídia exijam a compensação pela divulgação dos conteúdos.
A decisão de remover esta área da plataforma parte do entendimento de que, segundo a Meta, a publicação de conteúdo é vantajosa para as empresas de mídia, não o contrário.
O anúncio foi feito por Andy Stone, responsável pela política de comunicações da Meta. No Twitter, ele afirmou que se a lei for aprovada, o Facebook será “forçado a considerar remover notícias da plataforma”.
Meta statement on the Journalism Competition and Preservation Act: pic.twitter.com/kyFqKQw7xs
— Andy Stone (@andymstone) December 5, 2022
A lei trata da preservação competitiva no jornalismo. Por ela, a intenção é excluir as notícias da rede social com o objetivo de facilitar a negociação de empresas como Google e Facebook com as companhias de mídia.
As empresas iriam definir os conteúdos que podem ou não ficar online nas redes. Apesar disso, na avaliação de representantes da Meta, as empresas de comunicação são as grandes beneficiadas da divulgação das manchetes.
Bluffing. This is where I remind everyone Facebook spent 9 months plotting to cause chaos in Australia before retreating and then threatened Canada, too. And they’ve done this under a misleading narrative to protect profits and disregard public. Google took opposite approach. 1/3 https://t.co/1iJqDa0RMB
— Jason Kint (@jason_kint) December 5, 2022
Consideram também que o projeto de lei é falho. Por essa razão, caso seja aprovado, o mais prudente será remover a função de publicar e compartilhar notícias no Facebook, com a certeza de que ele não será prejudicado.
Pela lei, as empresas de tecnologia teriam que pagar aos meios de comunicação pela reprodução dos conteúdos. Por outro lado, a Meta destaca que as notícias nas redes sociais aumentam o tráfego e assinaturas de tais veículos de comunicação. Ela teve posicionamentos idênticos em situações semelhantes.
A exemplo da Austrália, que em 2021 aprovou uma lei muito parecida. O Facebook optou por restringir página de noticiários e os usuários de compartilhar conteúdos desse gênero.
Páginas de jornais foram bloqueadas, assim como revistas e outros noticiários. Apesar da situação, as restrições duraram pouco, pois logo o Facebook fechou acordos para retomar a divulgação.