Prepare-se para ler bastante, esse será um dos posts mais aprofundados aqui no meu site.
Recentemente tenho visto muitas lamentações no Facebook sobre suas políticas, seu comportamento, suas ações, suas punições, seus filtros e sua invasão de privacidade (vale ressaltar que não existe nada que lhe beneficie).
Bem, vou começar invocando um dos posts que mais curto sobre o assunto de privacidade para termos nosso ponto de partida, trata-se desse aqui: O Facebook não é gratuíto.
Na internet quando você acessa um produto gratuito, isso significa que você é o produto.
Sobre a morte do Facebook, existe uma teoria muito clara sobre isso, a teoria sobre o “Ciclo das Redes Sociais”, em 2012 eu li uma reportagem do Eric Jackson , um dos maiores especialista em redes sociais, no qual ele afirmava que “Em cinco ou oito anos, o Facebook irá desaparecer da maneira que o Yahoo! desapareceu. Isso foi afirmado durante o programa “Squawk on the Street”, da CNBC.
Você pode até achar estranho, você pode até achar que “áaaaah, mas vai demorar muito ainda!“. Você, neste exato momento já pode estar prevendo sobre a morte do Facebook também. Calma, vamos ainda falar sobre os fatores naturais que levarão a isto e o que já tem acontecido.
Em outra entrevista o Eric Jackson recebeu a seguinte pergunta: Por que o senhor acredita que o Facebook desaparecerá tão rapidamente?. E a sua resposta foi : O DNA que garante o sucesso de uma empresa em uma determinada área atrapalha sua adaptação a um cenário novo. O DNA do Facebook não traz know-how para operar na era da internet móvel, mas em uma fase anterior, a da web social.
Caso não mude, o serviço pode ter o mesmo fim de Yahoo! e MySpace, que hoje são irrelevantes. A recente criação da Timeline (recurso que apresenta atividades do usuário em forma de linha do tempo) talvez seja o maior exemplo de como o Facebook dá prioridade aos computadores.
Além do Facebook dar prioridade aos computadores, os usuários estão cada vez mais sendo punidos por seus robôs. A solução para suavizar seria o Facebook passar para um modelo de gestão de seus aplicativos, assim como o Google Play.
Ainda de acordo com o E. Jackson “O Facebook pode comprar um monte de empresas novas, mas eles ainda serão um website, grande e gordo, o que é diferente de um aplicativo móvel”, completou ele.
Eu mesmo já sofri diversas punições aparentemente sem motivos lógicos, minha conta já foi bloqueada por pelo menos 7 vezes por 6 motivos diferentes.
No início a tive bloqueada pois adicionei pessoas que de acordo com o Facebook eu não as conhecia, afinal, me mudei de Manaus pra Milão para estudar mestrado e os meus amigos de Universidade me adicionavam no Facebook e então comecei a receber solicitações de pessoas de outro país, outra cidade, outra universidade e isso era ilegal para as regras do Facebook.
Através da minha página No Amazonas é Assim recebi mais uma penca de bloqueios, às vezes por conteúdo ofensivo, às vezes por comentário ofensivo, mas sempre era mesmo porque eles queriam!
Outro dia o Facebook confundiu o cotovelo de uma mulher com um seio e excluiu a imagem da rede social. Além disso, o site explica que o conteúdo viola os termos de uso e privacidade.
Na verdade, a postagem foi feita pelo administrador do Tumblr chamado “Theories of the Deep Understanding of Things” para testar se uma foto poderia confundir as funções da rede social responsáveis por apagar os conteúdos inapropriados divulgados pelos usuários.
Os editores do Tumblr divulgaram no Facebook que a rede social não solicitou explicações sobre a imagem da moça na banheira. Além disso, os administradores do “Theories of the Deep Understanding of Things” afirmam que foi uma surpresa o Facebook confundir um cotovelo com um “perigoso, obsceno, estranho e violento mamilo”. Esta não é a primeira vez que a rede social promove uma discussão sobre fotos apagadas do site.
Em março de 2012, o Facebook excluiu uma imagem que mostrava um beijo na boca entre dois homens.
Outra foto divulgada por uma mãe que amamentava um bebê também foi bloqueada em fevereiro de 2011.
Veja abaixo a foto original e fique certo que se você a usar você será penalizado:
Se não bastassem, tantos erros, os zumbis do spam começarem a te encher o saco, você se frustra com a experiência assim que começam a mexer nas ferramentas alterando completamente o layout ano após ano, você perceber que está cheio de vírus e perfis fakes, você inicia a perceber várias pessoas serem hackeadas, e ainda te ocultam 80% do conteúdo.
O Facebook é que diz quem pode receber o conteúdo. Isso só não seria mais deprimente se terminasse pelas páginas, porém o Facebook explora esse algorítimo também nos perfis pessoais. De acordo com o post assinado pelo Ronaldo Lemos só reforça o que já havia dito. Na oportunidade ele dá uma melhor e mais clara ideia de como funcionam as métricas dos posts do Facebook.
Com um empurrão do “New York Times”, a semana passada foi cheia de polêmicas envolvendo o Facebook.
O debate girou em torno de uma questão importante: quantos dos seus amigos de fato têm acesso ao que você posta na rede social? Essa é uma pergunta difícil de responder. Um estudo recente afirma que cada post é visualizado por apenas 30% dos seus amigos cadastrado.
Só que a situação fica ainda mais complicada.
O Face introduziu recentemente a possibilidade do usuário patrocinar seus próprios posts. Funciona assim: você paga cerca de R$ 13 e em troca o site amplia o alcance da sua publicação específica. Só que há muita gente reclamando.
Ao que parece, o Facebook está diminuindo o alcance dos posts para então cobrar para que eles sejam mostrados para quem já deveria ter acesso a eles.
O colunista Nick Bilton, do “New York Times”, afirma que alcançava até 550 “likes” em suas publicações quando tinha 25 mil assinantes. Mesmo depois de ter chegado a 400 mil, ele mal ultrapassava 30 “likes” por post.
Ao pagar os R$ 13, ele viu o número subir novamente para 130, mas nunca voltar ao patamar original. Isso mostra um desdobramento interessante nos modelos de negócio da rede.
O Facebook está apostando que as pessoas querem pagar para serem ouvidas. Faz sentido. O que não falta é gente falando e produzindo informação. A escassez é justamente de ouvidos e olhos para prestar atenção em tudo.
O Facebook está usando a carência universal por atenção para ganhar dinheiro. Na sua visão, viramos todos publicitários de nós mesmos.
É óbvio que essa falta de comprometimento da empresa jovem com o público jovem perde força, muitas pessoas que conheço já fecharam suas contas do Facebook devido ele não agregar mais nada de interessante e estar completamente perdido.
Eu costumo dizer que a maior diferença entre o Facebook e o Orkut é que no Orkut você ia atrás da informação, enquanto no Facebook você é nada mais do que um “receptor de notícias (ou spam)”.
Você pra “participar”, não precisa fazer nada. Basta ficar paradinho olhando a coluna dos Feeds o dia inteiro se quiser e você vai a quantidade de conteúdo que por ali passa.
Você na verdade é uma alma penada, a menos que você queira se expressar, ninguém liga pra você. Encare como quiser essas palavras, mas a verdade é por ai, é quase impossível pra um criador de conteúdo saber quem está na sua lista, pois o Facebook esconde os teus amigos, esconde os feeds dos teus amigos, esconde os feeds das tuas páginas favoritas e então você se quiser receber os feeds deve criar uma Lista de Interesse.
Não vou nem tocar na questão do Facebook ter ficado fora do ar em dezembro de 2012 , mas se você tem interesse em saber ou não se lembra veja aqui nessa reportagem da Abril sobre O Facebook ficou fora do ar nessa segunda-feira (10) em várias regiões do mundo.
Essa é a segunda queda importante do dia. Nesta tarde, serviços do Google também sofreram instabilidades e caíram. Ainda sobre esse assunto entre Jovens x Facebook, saiu uma publicação recente na Veja afirmando que os jovens não curtem mais o Facebook.
O Facebook surpreendeu o mundo recentemente ao reconhecer que os adolescentes andam um tanto cansados de dedicar horas e horas à rede de 1 bilhão de amigos. À novidade, deve-se somar outra informação: a fatiga não é exclusividade desse público. Medições independentes mostram um ligeiro afastamento também entre a rede e adultos, que tanto eliminam seus perfis quanto reduzem as visitas ao site. Segundo o site SocialBakers, que acompanha o tráfego na rede social, os Estados Unidos acumulam perda de 2,9 milhões de usuários nos últimos três meses, emagrecimento de 1,8% no total de 163 milhões de cadastrados no país. O mesmo fenômeno já foi registrado na Grã-Bretanha, França, Alemanha e Canadá, os chamados mercados “maduros”, onde a rede pode ter atingido seu público máximo. Será que a paixão pela rede arrefeceu?
No caso dos jovens, a hipótese mais provável, levantada pelo próprio Facebook, é de migração. Munidos de smartphones e tablets, esse público visceralmente ligado à ferramentas virtuais estaria explorando outras fronteiras, recorrendo inclusive a produtos que originalmente não foram concebidos como rede social. É o caso do serviço de imagens Instagram e do Tumblr, híbrido de rede social e plataforma de blogs. Dados da empresa de pesquisa de mercado comScore, reforçam essa ideia: eles revelam que quatro em cada dez pessoas que acessaram os dois serviços em janeiro tinham entre 15 e 24 anos de idade (no Facebook a participação dessa faixa etária cai para 27%). É o que costuma acontecer: o público jovem experimenta os produtos mais novos e aponta tendências. É também um indício da migração.
“Tenho dois novos vícios: postar imagens no Instagram e conversar com familiares, amigos do cursinho e do colégio no WhatsApp.”
Julia Baldini, de 18 anos, estudante
Outro indício vem da experiência relatada pelo empreendedor americano Adam Ludwin, um dos investidores do Vine, aplicativo de vídeo do Twitter. Recentemente, ele lançou o Albumatic, serviço social em formato de álbum. Antes de divulgar o produto ao público em geral, ele convidou vinte pessoas para testar a ferramenta. Todas tinham menos de 20 anos. A grande maioria rejeitou o serviço porque ele oferece autenticação a partir do cadastro no Facebook. “Aqueles jovens explicaram que não queriam compartilhar a informação do acesso ao novo produto com seus contatos do Facebook. Tive de criar uma opção tradicional de login e senha”, diz Ludwin ao site de VEJA. O que os “testadores” não queriam avisar ao mundo é que havia um novo serviço na praça. É, em resumo, o contrário da missão à qual o Facebook se propõe: contar a todos o que cada um está fazendo. “Ser diferente dos outros é uma necessidade comum e antiga do jovem. Ao perceber que todos estão no Facebook, ele busca por novos espaços digitais”, diz Raquel Recuero, professora e pesquisadora de redes sociais da Universidade Católica de Pelotas.
Usuários dão ainda outras explicações. “O excesso de propaganda e a lentidão do aplicativo para smartphone (que usa o sistema operacional Android) prejudicam minha relação com a rede”, diz a estudante Julia Baldini, de 18 anos. A mobilidade tem sido de fato um desafio para o Facebook. Há pouco mais de um ano, percebeu-se que os usuários migravam rapidamente para smartphones, e a empresa parece ter demorado um pouco para preparar seus aplicativos para o uso constante nos aparelhinhos (a receita com publicidade da empresa chegou até a desacelerar). Mark Zuckerberg, criador e CEO do Facebook, colocou então a mobilidade como prioridade da plataforma. Prova disso é que o novo feed de notícias da rede, apresentado ao mundo nesta quinta-feira, foi desenvolvido a partir de características dos celulares, como a dimensão exígua da tela — o que resultou num visual mais enxuto.
Nesse ínterim, usuários insatisfeitos como Julia seguiram o caminho de seus pares: dirigiram suas atenções para Instagram e WhatsApp, ferramenta de mensagens instantâneas com mais de 100 milhões de cadastrados que permite envio de textos, fotos e vídeos. “Quero dividir minha vida com um círculo menor de pessoas”, diz Julia. Nathalia Petreche, também estudante de 18 anos, segue o fluxo. “Tenho meu perfil no Facebook há quatro anos, mas uso o WhatsApp principalmente para conversar com grupos restritos de amigos e família. É mais prático.”
O movimento, é claro, não acontece sem conhecimento do Facebook. Em dezembro, a empresa lançou o Poke, aplicativo que parece extraído de um desenho animado. Entre outros recursos, ele permite que o remetente determine o prazo de validade das mensagens que envia: instantes depois de acessada pelo destinatário, o texto se esvai. O serviço é uma reprodução fiel do Snapchat, que faz muito sucesso no exterior: estima-se que mais de 60 milhões de mensagens são enviadas diariamente por meio dele. Outro indicador de que o Facebook está de olho na migração é que, recentemente, a rede social tentou arrematar o WhatsApp. Sem sucesso, por ora.
Entre o público de não jovens, a migração não é a principal aposta quando se buscam razões para o afastasmento do Facebook. Pesquisa recente do Pew Research Center revelou que 61% dos adultos americanos têm voluntariamente “dado um tempo” na rede por sete dias ou mais. Eles alegam que o uso contínuo do serviço provoca ou intensifica a ansiedade, os expõe a quantidades excessivas de informação e abre brechas para problemas relativos à privacidade. “São muitos convites para jogos, eventos e correntes. Tive até desentendimentos com amigos e familiares”, diz o analista de suporte técnico porto-riquenho Enrique Vélez, de 33 anos. Para outro queixoso, o auxiliar administrativo Geovane Matos, de 27 anos, o problema é mesmo a superexposição. “A rede se tornou uma praça pública digital de exibição.” Seguindo exemplo de usuários mais jovens, ele migrou, mas para Google+. O empresário e diretor de conteúdo do Papo de Homem Guilherme Valladares, de 28 anos, tomou a decisão radical: excluiu seu perfil da rede. “Eu perdia muito tempo acessando meu feed de notícias. Aos poucos percebi que não tinha razão alguma para fazer aquilo. O Facebook havia se tornado uma fonte de ansiedade. Apenas isso”, diz.
Crises de ansiedade à parte, o analista de tecnologia americano Eric Jackson defende uma tese para explicar o momento por que passa o Facebook. “A rede nem completou dez anos de vida, mas já está velha”, diz, em entrevista ao site de VEJA. É uma ideia inusitada, para dizer o mínimo. Na rede de 1 bilhão de amigos, diariamente são publicadas 350 milhões de imagens e 2 bilhões de posts — e também são realizadas 3,2 bilhões de “curtidas”. Os brasileiros, por exemplo, investem no serviço um de cada quatro minutos gastos na internet. Pesa a favor da ideia de Jackson, contudo, a constatação de que, nos meios digitais, gostos e tecnologias mudam de forma muito rápida. Foi assim, por exemplo, que o próprio Facebook destronou o MySpace, que já reinou entre as redes sociais. “O grupo de usuários predominante no Facebook atualmente, aqueles com mais de 25 anos, não dita mais tendências. É hora de a empresa tirar lições do uso que os jovens fazem do Instagram, comprado pelo Facebook no ano passado por 1 bilhão de dólares.”
Agora resta esperar para ver e já iniciar pesquisando uma nova rede social, pois do jeito que as coisas estão caminhando, talvez em 2018 o Facebook já tenha se tornado lenda.