A internet ao mesmo tempo que nos gera oportunidades de conexões, nos revela o lado sombrio de pessoas que provavelmente não viriam a tona no mundo offline, mas acredite, é a mesma pessoa. A única coisa que a motiva a agir como um animal no mundo online é a falsa sensação de anonimato que elas possuem. Por isso é fundamental discutirmos as regulações das redes sociais para que comportamentos selvagens sejam massivamente punidos. O texto abaixo traz 5 modos simples e eficazes para você se proteger online desse tipo de bárbaros que são nomeados como “haters”.
Haters em uma tradução livre do inglês seria “odiador”, ou seja, uma pessoa (ou robô) que vai até a página de alguém para criticar, xingar ou cometer algum assédio. O hater não quer dialogar, ele quer ofender, ele quer espalhar o ódio. Então é importante que você tome como premissa que esse tipo de sujeito não está interessado em conversar, mas sim, descarregar suas frustrações para cima de você.
Em muitas ocasiões, diversas pessoas (ou robôs) fazem ataque coordenados, e assim, surgem o que conhecemos como efeito de manada, tal qual, por exemplo, em estádios de futebol quando se sentem na liberdade de cometerem coletivamente delitos. Nessas horas, é importante respirar fundo e parar para pensar no que fazer.
Embora esse tipo de prática não ocorra pessoalmente, os ataques online de ódio também podem nos desestabilizar. Aliás, é justamente pela distância (e também pela falsa sensação de anonimato) que, na internet, essas situações são comuns.
As dicas a seguir foram baseadas na nova cartilha “Autocuidado para influenciadores“, divulgada e criada pela organizações Contente, Safernet e Vita Alere, com apoio da Meta, grupo dono do Instagram, Facebook e do WhatsApp. Muitas das estratégias de enfrentamento do problema valem também para usuários que não trabalham com a produção de conteúdo.
1. Não responda por impulso
Esse é o tipo de conselho que pode ser mais fácil dar do que receber, mas o primeiro passo ao se deparar com uma mensagem negativa é racionalizar sobre ela. Isso é importante para não agir por impulso.
Dependendo do caso (e, claro, desconsiderando qualquer publicação que tenha sido discriminatória e de assédio sexual/moral), existem situações que envolvem mais um mal-entendido de interpretação das frases publicadas.
2. Educação é uma das melhores “armas”
Há aqueles casos em que o hater parece ser alguém tão inseguro que desarmá-lo com suas próprias palavras pode ser uma solução. Nesse caso, se você se sentir confortável, pode ser mais interessante responder de uma forma educada, deixando a atitude agressiva da pessoa ainda mais ridícula para quem estiver lendo.
Essa estratégia reforça ao hater que existe alguém de carne e osso do outro lado da tela. Algumas vezes, isso ajuda a quebrar um padrão de comportamento que essa pessoa talvez possa praticar de forma contínua.
“Desde que não ofenda sua dignidade (…), respire fundo e responda de forma educada e apaziguadora. MAS se ferirem sua saúde mental é diferente: denuncie à plataforma, oculte ou apague”, explica a cartilha.
3. Denuncie assédio e discurso de ódio
As dicas acima são focadas em comentários negativos. No entanto, a coisa muda de figura quando há assédio direcionado e intencional. Redes sociais como Instagram, Twitter e Facebook possuem mecanismos para impedir que esse tipo de atitude seja corriqueiro.
Para você aumentar sua proteção, dá ainda para:
Além disso, todas as redes sociais mais populares possuem políticas contra discurso de ódio, o que inclui pautas sérias como o racismo e a homofobia. Portanto, denuncie diretamente à plataforma.
Como denunciar crime, post de ódio e fake news em redes sociais e WhatsApp
4. Denuncie às autoridades
As denúncias de assédio, discriminação e perseguição podem ser feitas além do controle das próprias redes sociais. Formalize o problema em um boletim de ocorrência fornecendo o maior número de detalhes possíveis.
Muitas cidades já possuem delegacias especializadas em cibercrimes. Faça prints dos comentários e de mensagens violentas e criminosas para compartilhar com a polícia.
Confira aqui lista com delegacias de cibercrimes no Brasil
Você pode também registrar o caso pelo site denuncie.org.br, administrado pela SaferNet, órgão não governamental de defesa dos direitos humanos na internet.
Haters muitas vezes contam com a ideia de que a pessoa que está sofrendo assédio não vai levar o assunto adiante, deixando-os livres para prosseguir com seu comportamento.
5. Proteja sua saúde mental
Se você está se sentido emocionalmente vulnerável diante de mensagens ofensivas, procure ajuda especializada — como psicólogos e psiquiatras.
Existem canais de apoio que também podem auxiliar:
CVV (Centro de Valorização da Vida): disponível 24 horas pelo telefone 188
Pode Falar UNICEF: podefalar.org.br
Mapa da Tecnologia: mapadatecnologia.com.br
Mapa Saúde Mental: oferece locais físicos de atendimento psicológico ou psiquiátrico como os CAPS (Centros de Apoio Psicossocial) do SUS e as clínicas-escola de Psicologia