18jun

6 Casos de Cyberbullying que tiveram finais trágicos

Nest post especial, dedicarei a atenção sobre a morte desses 6 jovens que sofreram perseguições através de redes sociais e internet. As vítimas do cyberbullying são: Amanda Todd, Júlia Rebeca, Tyler Clementi, Ryan Halligan, Rehtaeh Parsons e Megan Meier.

Contarei a história de cada um deles, de forma resumida. O principal objetivo deste artigo é alertar que você tome muito cuidado com o que você compartilha nas redes sociais e lembre-se : O que é publicado na internet não tem volta.

O maior problema

Suicídio é a terceira maior causa de morte entre os jovens, resultando em cerca de 4.400 mortes por ano, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos. Para cada suicídio consumado entre os jovens, ocorreram pelo menos 100 tentativas de suicídios. Nas escolas norte-americanas mais de 14% dos alunos do ensino médio já cogitaram a possibilidade de suicidarem e cerca de 7% já tentaram.

Vítimas de bullying consideram de 2 a 9 vezes a mais a possibilidade de cometer um suicídio do que as não-vítimas, de acordo com estudos da Yale University.

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Um estudo na Inglaterra apontou que pelo menos a metade dos casos dos suicídios ocorridos entre os jovens estão relacionados com  bullying.

Dados e Fatos

  • 68% dos adolescentes concordam que o cyberbullying é um problema sério na juventude atual.
  • 66% dos adolescentes que testemunharam a crueldade online também testemunharam os outros que se juntaram; 21% dizem que também se juntaram no assédio.
  • 43% dos adolescentes com idades entre 13 a 17 relatam que sofreram algum tipo de cyberbulying no ano passado.
  • Cerca de 25% dos adolescentes já sofreram bullying repetidamente através de seus telefones celulares ou Internet.
  • Apenas 7% dos pais norte-americanos estão preocupados com o cyberbullying, embora 33% dos adolescentes têm sido vítimas de cyberbullying

 

6 Casos de Cyberbullying que tiveram final trágico

6 Casos de Cyberbullying que tiveram final trágico

Caso Amanda Todd

Entenda o caso de Amanda Todd, a adolescente que cometeu suicídio por sofrer bullying digital

Entenda o caso de Amanda Todd, a adolescente que cometeu suicídio por sofrer bullying digital

Amanda Todd tinha apenas 12 anos quando o seu pesadelo começou. Amanda entrou em uma sala de bate papo, e após diversos elogios, foi induzida a mostrar seus seios na webcam.

Um ano depois, uma pessoa que estava no chat entrou em contato com Amanda pelo Facebook e disse que se ela não “fizesse um show para ele”, ele iria mostrar os prints (da tela do bate-papo) para amigos e familiares de Amanda.

Essa pessoa ainda chegou a persegui-la. Ele sabia de tudo: onde ela morava, onde passava as férias, quem eram seus amigos…

As fotos foram enviadas para todos e, então, Amanda começou a adoecer: ela sofria com ansiedade, depressão e pânico. E assim, passou a usar drogas e álcool.

Um ano se passou e o “bully” de Amanda voltou ! Ele criou uma página no Facebook onde a foto do perfil eram os seios da Amanda Toddy.

No vídeo em que fez para contar sua história, Amanda disse que “chorava a noite toda, perdeu todos os seus amigos e o respeito deles“. Ela sofria com os xingamentos, os julgamentos e sofria ainda mais por não poder tirar aquelas fotos da internet.

Com tanta tristeza e se sentindo pressionada, Amanda passou a se automutilar.

Ela mudou de escola e ficava sozinha, todos os dias. Até que, depois de um mês, ela conheceu um garoto mais velho. Ele disse que estava gostando dela, mesmo tendo uma namorada.

Ela foi iludida e acabou se envolvendo com o menino.

A namorada, junto com outras 15 meninas foram tirar “satisfação” com Amanda e a humilharam em frente a escola. Além disso, ela também sofreu agressões físicas desse grupo de colegas.

Amanda voltou para casa e tentou se matar tomando alvejante. Depois de ser internada e voltar para casa ela passou a receber mensagens de ódio como “Ela merece!” e “Espero que ela morra!”.

Amanda se mudou para a casa da mãe. Seis meses se passaram e pessoas ainda enviavam fotos de alvejantes e produtos de limpeza para Amanda.

Amanda ainda teve overdose por ingerir remédios anti-depressivos . Amanda não resistiu a pressão e se enforcou.

Caso Júlia Rebeca

Caso Júlia Rebeca

Caso Júlia Rebeca

A morte da adolescente piauiense em Parnaíba Júlia Rebeca comoveu toda a população na cidade no norte do Piauí. Foi pelas redes sociais, que a jovem Júlia Rebeca anunciou o dia da própria morte. Tudo aconteceu depois que um vídeo íntimo entre ela, um rapaz e outra adolescente, filmado pela própria jovem, vazou para as redes sociais através do WhatsApp.

Após vídeo íntimo sair no WhatsApp, Júlia Rebeca anunciou sua morte pelo Twitter. Júlia Rebeca foi encontrada morta dentro do quarto, enrolada no fio da própria chapinha no dia 10 de novembro 2013. A data foi postada em uma mensagem através do Instagram e do Twitter da jovem, que dizia: “Eu te amo, desculpa eu n ser a filha perfeita mas eu tentei… desculpa eu te amo muito mãezinha (…) Guarda esse dia 10.11.13 [sic]“.

Outras mensagens deixadas no Twitter da jovem, também chocaram os familiares, como as frases “E daqui a pouco que tudo acaba.” e logo após “E tô com medo mas acho que é tchau pra sempre”.

Caso Tyler Clementi

Tyler Clementi

Tyler Clementi

Tyler Clementi era um universitário de 18 anos quando morreu em 2012. Tyler Clementi se jogou de uma ponte, em Nova Jersey, em 2010. Isso aconteceu depois que sua relação amorosa foi divulgada na internet. O seu colega de quarto na Universidade Rutgers, deixou a webcam ligada sem o jovem saber.

Tyler mantinha relações com um homem, a gravação pegou os jovens se beijando. Ravi foi condenado por quinze crimes contra o seu colega e levou apenas 30 dias de prisão.

Um dia antes da morte de Tyler, o colega de quarto criou uma conta no Twitter e chamou os amigos para assistir o segundo encontre do casal via webcam. Antes de pular da ponte George Washington, Tyler publicou em seu Facebook: “pulando da ponte GW, desculpa”

Caso Ryan Halligan

Ryan Patrick Halligan

Ryan Patrick Halligan

Ryan Patrick Halligan cometeu suicídio aos 13 anos, ele vivia em Vermont, nos Estados Unidos. Ele foi vítima de bullying e cyberbullying de seus colegas da escola. Ele teve problemas de aprendizado na escola durante a sétima série. Mais tarde, os pais de Ryan entraram em contato com a escola para tentar coibir esse problema. No fim, um garoto que maltratava Ryan se tornou seu amigo, mas apenas para saber mais informações do garoto e espalhar boatos de que ele era homossexual.

Durante as férias, Ryan começou a usar serviços de mensagens instantâneas AIM, os colegas começaram a atacar e perguntar de sua sexualidade. Inclusive, uma garota que Ryan gostava e que ele se declarou para ela, então ela utilizou as mensagens para humilhá-lo. Quando eles se encontraram pessoalmente, ela o chamou de perdedor e ele disse que “são garotas como você que me fazem sentir vontade de me matar”. Ryan se matou em outubro de 2003

Caso Rehtaeh Parsons

Caso Rehtaeh Parsons

Caso Rehtaeh Parsons

A jovem Rehtaeh Parsons morreu em abril de 2013. Ela morava na Nova Escócia, uma das províncias do Canadá, e cometeu suicídio depois que virou alvo de bullying por meses após ter sido violentada.

De acordo com familiares de Rehtaeh Parsons, em 2011, a jovem abusou do consumo de álcool em uma festa e aproveitaram da situação para violenta-la. Quatro garotos jovens cometeram violência sexual contra a moça, sendo que dois deles já a tinham namorado.

Para agravar ainda mais a situação, um dos meninos fotografou a menina nua e em uma situação deplorável. A imagem passou a circular na internet e nunca mais a jovem teve paz. Não suportando mais passar pela humilhação de ver sua imagem exposta, a menina cometeu suicídio.

Caso Megan Meier

Caso Megan Meier

Caso Megan Meier

Megan Meier era uma menina carinhosa, com alguns problemas de aprendizagem (déficit de atenção). Lutou durante anos contra a balança e uma depressão. Ela tomava remédios e tinha uma página o Myspace. Aos 13 anos de idade as coisas já estavam melhorando: ela emagreceu bastante, jogava vôlei no time da escola. Também aos 13 anos de idade ela resolveu por fim na amizade com uma amiga que morava próximo de sua casa estava cansada das brigas.

Certo dia, ao olhar seu Myspace, Megan recebeu o pedido de autorização de um garoto muito bonito. Seu nome era Josh Evans. Megan sempre teve problemas de auto-estima, e falar na internet com Josh a fazia se sentir bem. Ficava feliz por ter encontrado um garoto que a achava bonita.

De repente, no dia 15 de Outubro de 2006, Megan recebeu uma mensagem diferente de Josh, onde ele dizia que não queria mais ser amigo dela, pois ouviu que ela não tratava bem de suas amizades. No dia seguinte ela foi p/ a escola entregar os convites p/ sua festa de aniversário, porém não via a hora de chegar a casa para ver se Josh havia deixado algum recado novo.

Josh agora dizia coisas ainda mais duras, e mensagens dizendo que Megan era uma vagabunda gorda foram sendo espalhadas na rede. A última mensagem que recebeu dizia “Todos sabem quem você é. Você é má e todos te odeiam. Tenha uma porcaria de vida. O mundo será um lugar melhor sem você“.

Pouco depois, Megan se suicidou dentro do quarto, três semanas antes de seu aniversário. Seus pais, ao procurarem pela conta de Josh Evans, viram que a mesma foi deletada. Algumas semanas depois, descobriram que Josh Evans nunca existiu.

Josh Evans foi o resultado da criação de uma conta falsa no Myspace. Tal conta foi criada por pessoas conhecidas da família, vizinhos inclusive. A principal responsável pela criação dessa conta foi a mãe da garota que Megan havia terminado a amizade pouco tempo antes, uma mulher de 47 anos – que conhecia bem a família e sabia do histórico de depressão de Megan. A ex-amiga e mais outra menina que foi forçada a mandar mensagens ofensivas p/ Megan também fizeram parte dessa farsa.

Lucas Santos : Mais uma vítima fatal de CyberBullying

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Sobre Marcus Pessoa

Nascido em Manaus, sou designer e empreendedor, focado em cultura amazônica, comunicação digital, economia criativa, turismo e empreendedorismo.
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