7out

Vereadores de Manaus decidem abafar requerimento de Chico Preto que pedia explicações sobre uso de carro da Prefeitura em cena de crime

Sabe o que é um absurdo sem tamanho? É ver a Câmara Municipal de Manaus apática sobre o caso Flávio. Tanta coisa errada. Tantas explicações mal dadas. Tantas informações desencontradas e pra completar, uma bancada de vereadores acovardada. Sim, isso é um caso de polícia, mas tem muita politicagem barrando as ações policiais e sem contar os privilégios dados ao principal suspeito.

Um crime macabro que começou como um B.O, no qual supostamente bandidos encapuzados haviam sequestrado o engenheiro Flávio, se tornou o caso mais novo assunto policial do Estado do Amazonas. Conforme a semana e as investigações iam se desenrolando, ia ficando cada vez mais claro os indícios do enteado do Prefeito Artur Neto, Alejandro Valeiko (filho da primeira dama Elizabeth Valeiko), que por sinal, foi o primeiro a deixar Manaus ainda na mesma madrugada do crime.

Todos os integrantes da festa foram presos, com exceção do filho da Elizabeth Valeiko. Este, protegido até os dentes, passou mais de 7 dias até se apresentar à polícia. Quando foi preso, foi dado prisão domiciliar e pra nossa alegria, foi revogada a decisão da domiciliar e ele foi encaminhado à prisão ‘normal’.

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Os vídeos do circuito-interno foram enfáticos em mostrar funcionários da Prefeitura de Manaus usando carro da Prefeitura de Manaus e que participaram da cena do crime, e pior, supostamente removeram do local o corpo do engenheiro Flávio. Tal fato, fez com que o vereador Chico Preto questionasse a  participação do servidor Elizeu da Paz de Souza entrando no condomínio onde Flávio Rodrigues teria sido morto.

Vereadores de Manaus decidem abafar requerimento de Chico Preto que pedia explicações sobre uso de carro da Prefeitura em cena de crime

Vereadores de Manaus decidem abafar requerimento de Chico Preto que pedia explicações sobre uso de carro da Prefeitura em cena de crime

Infelizmente nesta segunda-feira(7), em um ato de extrema covardia e omissão, a Câmara Municipal de Manaus decidiu por maioria dos votos anular o requerimento do vereador Chico Preto que seria enviado à Casa Militar para cobrar respostas sobre o uso de carro público em cena de crime ocorrido na semana passada. O documento questiona a participação do servidor Elizeu da Paz de Souza entrando no condomínio Passaredo, na Ponta Negra, na Zona Oeste de Manaus, em um veículo de domínio da Prefeitura de Manaus.

O uso ilegal de segurança da Casa Militar e carro da prefeitura pode configurar crime de responsabilidade o que pode gerar inclusive pedido de cassação do mandato do Prefeito Artur Neto.

Chico lamentou da tribuna “Pesa sobre os meus ombros e sobre o ombro de cada vereador essa responsabilidade. Quem deu ordem para que um carro, com servidores da Casa Militar, estivessem envolvidos nesse episódio? Quem são aqueles que tinham ciência da ordem dada e não agiram para impedir o uso indevido da estrutura da Prefeitura Municipal de Manaus?”.

Além de pedir explicações, Chico pediu também o itinerário da viatura Toyota Corolla de placas PHY-8178, utilizada pelos servidores na noite em que o engenheiro Flávio Rodrigues foi visto com vida pela última vez, no condomínio Passaredo.

Alguns vereadores, como o vereador Apóstolo Marcel Alexandre (PHS) votou contra o requerimento e disse que não cabe aos vereadores fazerem especulações. Outro que se negou a ouvir os envolvidos foi o vice-líder do prefeito, vereador Coronel Gilvandro Mota (PTC) que criticou o requerimento dizendo que o único objetivo dele é fazer politicagem, mas disse que “temos que buscar a verdade”, mesmo se negando a solicitar o porque da viatura oficial e funcionários estarem em uma cena de crime.

O engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos foi encontrado morto no dia 30 de setembro em um terreno no Tarumã. Flávio estava desaparecido desde a noite do dia 29, após participar de uma festa no condomínio de luxo onde mora Alejandro.

Apenas os vereadores Chico Preto e William Abreu (PMN) votaram a favor do requerimento que pedia explicações sobre uso de carro da Prefeitura em cena de crime. Os demais vereadores se negaram. Ausentes da votação estavam o vereador Marcelo Serafim,  o vereador Ronaldo Tabosa e o vereador Sassá da Construção Civil.

 

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Sobre Marcus Pessoa

Nascido em Manaus, sou designer e empreendedor, focado em cultura amazônica, comunicação digital, economia criativa, turismo e empreendedorismo.
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