Utilizando e atualizando trecho da publicação do blog O Malfazejo, inicio essa publicação sobre o legado da administração municipal de Serafim Corrêa.
A verdade é que, pela lógica e pela história política do Amazonas, Serafim Corrêaocupou por quatro anos uma cadeira que não deveria ser sua. Como pode um homem que paga seu almoço do próprio bolso ser o prefeito dessa cidade? Como pode um homem que tem endereço fixo e sabido ser o prefeito de Manaus? Como pode um homem sem empreiteiras, gráficas, um homem sem concessionárias e sem locadoras ser o prefeito de Manaus?
Imagine, a tomar pela ausência de escândalos de corrupção na administração Serafim, a quantidade de gente que amargou vacas magras por quatro anos. A vitória de Serafim em 2004, além de tudo o que representou para tanta gente que não negocia com ladrão (sim, ainda há gente assim), pode ter materializado a fábula da cigarra e da formiga. Com esta entressafra de quatro anos, muita gente precisou deixar de ser cigarra e aprendeu a ser abelha, digo, formiga. Ainda que essa gente tenha voltado a circular pelas folhas de pagamento e pelo Diário Oficial do município a partir de 2009, terão aprendido uma valiosa missão: a de guardar comida para eventuais novos invernos, invernos inesperados como Serafim Corrêa.