Na noite de quarta feira (16/10) recebi um convite nominal, todo trabalhado esteticamente e mais um lindo cupcake com as cores laranja e amarelo!!! O convite estava em nome da Prefeitura de Manaus.
No convite, o apelo para que eu participasse de uma viagem à Paris do Século XIX e sentisse o gostinho do mercado mais tradicional da cidade, o Mercado Municipal Adolpho Lisboa!
SIM! fui convidado para participar de uma visita guiada na sexta feira através do Mercado Municipal Adolpho Lisboa que já estava fechado há quase 8 anos!
A Prefeitura de Manaus promoveu uma visita guiada para internautas ao Mercado Adolpho Lisboa, ao todo, 35 internautas participaram da visita! Não sei qual foi o critério utilizado pela Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), mas fiquei bastante agradecido e honrado pelo convite, aqui agradeço ao Márcio Noronha e toda a sua equipe que nos proporcionou este momento.
O motivo deu ter sido escolhido, não tenho dúvidas que são devido minhas páginas no Facebook, se somar apenas as páginas de cunho regional, possuo cerca de 165mil seguidores, dentre elas, posso destacar as : No Amazonas é Assim, Eu Falo Amazonês, Orgulho de Ser Amazonense, Músicas Amazonenses e Manaus Ontem, Hoje e Sempre.
Obviamente que não consegui essa marca sozinho, na verdade pra todas as páginas possuo alguns moderadores que se diferem. Em algumas páginas os moderadores se coincidem, mas em outras não. Cada pessoa tem mais afinidade com um determinado tema, e por isso dependendo do grau de confiança e compromisso, vou escolhendo o time pra criar conteúdo, sobre a nossa terrinha, para o mundo ver!
Ou seja, esse convite é fruto de todos os esforços somados!
Ao chegarmos lá, tivemos um pouco de dúvida onde seria o ponto de encontro, afinal, o Mercadão possuí duas entradas, uma de frente para o Rio Negro e outra de frente para a Rua dos Barés.
Claro que a equipe da prefeitura chegou às 15:45, nos encontramos logo, mas devido uma cultura de falta de compromisso de alguns, a visita atrasou. Nessas horas sempre lembro dos conselhos da minha tia Selane Pessoa : “Quem não consegue chegar no horário para os seus compromissos, não tem o menor respeito pelos outros.”
E portanto a visita só iniciou às 16:30h, quando a maioria dos blogueiros havia já chego, e não as 16h como estava no convite.
A nossa visita foi guiada pelo engenheiro Jackson Veloso de Freitas, da Construtora Biapó (responsável pelo trabalho). De acordo com o engenheiro, o mercado reformado contará com 64 boxes na área central, 24 no pavilhão das tartarugas, 20 para a venda de peixe, 20 para a carne, 22 distribuídos em duas praças alimentação, 19 no pavilhão frontal, dois restaurantes de maior porte, além de duas bombonières e 2 banheiros, podendo inclusive chegar a três.
O Mercadão ainda não está 100% concluído, mas eu diria que já está 99,97%. Ainda durante a visita, pudemos perceber que estão finalizando-o. O local estava muito barulhento, e isso dificultou um pouco o nosso entendimento do que foi recuperado e o que foi construído, mas como o Jackson era bastante acessível, depois ele nos explicava melhor! A visita foi magnífica, eu e minha vó, ficamos bastante emocionados. Os outros blogueiros e internautas a todo momento sabatinavam o Jackson, que super atenciosamente nos tirava todas as dúvidas!
Embora o convite fosse nominal, levei por pura e espontânea vontade a minha amiga e fotógrafa Lúcia Barreiros e também a minha avó Adair Pinheiro Marques. Afinal, ela mais do que eu, vivenciou a história do Mercadão e me ensinou a olhá-lo com outros olhos. Ela é meu ponto de referência histórico e portanto, sabia que seria muito importante levá-la comigo.
Claro que quando eu era pequeno, a única coisa que prestava atenção era nas sacolas de peixes, afinal, quem você achava que tinha que carregar as compras?
Durante a visita, nós pudemos aprender um pouco da história do Mercadão, como o bombardeio ao prédio, a escada que foi descoberta durante as obras e os detalhes dos pavilhões da carne e do peixe, além de uma possível tacacaria que será posta no fundo do mercado, tendo como ponto turístico o rio negro e o seu lindo por do sol.
Atores vestidos de roupas de época no Mercado Municipal Adolpho Lisboa
Um dos pontos que mais me agradou, foi logo de início. Fomos recepcionados por um grupo de atores vestidos com roupas de época, cedidos pela Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), que encenaram cenas típicas de Manaus da Belle Époque e nos deram os bem vindos. É uma coisa simples, mas que faz todo diferencial.
Adoraria que esse tipo de ação não se limitasse apenas na nossa visita ou somente no dia da inauguração, mas que ao menos um domingo, durante pelo menos 2h, de preferência no período da manhã, ocorressem essas aparições e intervenções artísticas no Mercadão.
Já pensou, você comprando o peixe/carne/hortifruti no Mercadão e de repente surgem pessoas vestidas com roupas da época? Criaria uma misto de curiosidade, aumentaria o valor percebido dos usuários do Mercadão, além de ser uma bela demonstração de que nos importamos de fato com a história, cultura e turismo!
Reinauguração Oficial
Conforme a SEMCOM, haverá uma programação, que ainda está sendo fechada, de reinauguração do Adolpho Lisboa, cujo início está previsto para as 20h do dia 23 de outubro (véspera de feriado). A expectativa é de que o mercado seja entregue na virada do dia 23 para o dia 24, aniversário da cidade de Manaus!
Haverá queima de fogos e muita festa! Estão todos convidados!!!
Fotos do Mercadão Adolpho Lisboa e Sua Estrutura
Quase todas as fotos abaixo foram tirados pela minha amiga Lucia Barreiros da Silva, responsável pela página Manaus, ontem, hoje e sempre.
Área externa
No local onde funcionava uma feira provisória, ao lado do mercado, funcionários da Prefeitura conduzem a desmobilização. Posteriormente, a Biapó iniciará a construção de um estacionamento para 15 vagas.
“Árvores de sibipiruna serão plantadas no local, para fins de ornamentação”, disse. “A ideia não é a de fazer um local para se guardar carros por um longo período de tempo, mas que tenha caráter rotativo”, explicou Jackson.
Na área voltada para o Rio Negro, onde situava-se outro conjunto de permissionários, os planos são o de instalar uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e erguer uma pequena praça. “Com essa obra, abriremos a vista para o rio já na entrada da Rua dos Barés”, informou.
Projeto ‘Canteiro Aberto’
Próximo à entrada do Pavilhão do Peixe, a construtora alocou o projeto ‘Canteiro Aberto’. Dispostos em prateleiras, resíduos do processo de restauração ajudam a identificar o prédio histórico. “São pedaços de diversos pontos do mercado. Temos, por exemplo, uma telha cujo formato imita escamas de peixe”, citou.
Pavilhão do Peixe
Destinado a 20 permissionários, o Pavilhão do Peixe já está em fase final de obras. De acordo com Jackson, resta apenas a instalação do sistema hidráulico. Itens como pias, mostruários e divisórias já estão no local.
“Aqui e em outras acomodações do mercado, dispomos uma combinação de lâmpadas claras e amarelas. As primeiras para economia de energia, pois são fluorescentes, e as segundas, incandescentes, para manter o aspecto dos alimentos”.
“Alguns reparos nos vitrais estão em andamento, mas o teto de madeira está pronto. A estrutura metálica também passa por acabamento”, prosseguiu.
Praças de Alimentação
Situadas entre os pavilhões do Peixe, Central e da Carne, as praças de alimentação Leste e Oeste serão espaços com piso de pedra miracema. Os estabelecimentos, no entanto, terão chão com cerâmica e bancadas de inox. “O teto será metade aço galvanizado, metade policarbonato”, descreveu, referindo-se às estruturas que dão ar de modernidade ao mercado.
Na Praça de Alimentação Oeste, uma escada descoberta por arqueólogos ornará o setor como monumento. “O acesso, porém, assim como em todo o mercado, será via rampas de acessibilidade e outras escadas”, ressaltou. Serão 11 permissionários em cada praça.
Pavilhão Pará
Passando por um processo de pintura em alto-relevo, o Pavilhão Pará deverá acomodar um café, de acordo com Jackson. Ao ser questionado a respeito da necessidade de sistemas de ventilação, ele reforçou que o projeto dá exclusividade a entradas de ar natural.
Pavilhão das Tartarugas
Mesmo sem comercializar mais quelônios, o Pavilhão das Tartarugas manterá o nome. Os produtos principais, porém, serão hortifrutigranjeiros. A capacidade será de 24 permissionários. “A cerâmica e os vitrais não existiam antes. A ideia é manter um padrão próximo dos outros espaços”.
Pavilhão Central
Ainda com boa parte em areia, o piso do Pavilhão Central será completamente formado por pedra lioz (Portugal). Por conta da ‘contemporaneidade’ dos boxes instalados no setor, todos foram demolidos para darem lugar a novos.
“Serão dois modelos de box. Um maior, com mezanino e dois balcões para mostruário de alimentos. O outro, menor, terá entradas para dois lados. Ambos terão piso de porcelanato”, disse Jackson. “Aqui, os produtos principais serão artesanato e estivas em geral”, complementou, ao informar que 64 permissionários trabalharão no lugar.
Pavilhão Amazonas
Com piso original mantido, todo feito em pedra lioz, o Pavilhão Amazonas será destinado ao artesanato. “Parte das pedras do entorno foram retiradas para passar por um processo de aperfeiçoamento da base. Todas, claro, foram numeradas para retornarem aos devidos lugares”.
Pavilhão da Carne
Com dimensões iguais a do Pavilhão do Peixe, o Pavilhão da Carne passa por assentamento de azulejos no piso e restauro da estrutura de metal. “O teto terá a madeira original mantida”, assegurou Jackson.
Central de Abastecimento
À frente do Pavilhão da Carne, três reservatórios com capacidade para 30 mil litros abastecem o mercado e fornecem água para a brigada de incêndio.
‘Bomboniéres’
Próximos aos pavilhões do Peixe e da Carne, dois espaços batizados de ‘bomboniéres’ também serão cedidos a permissionários. “A priori, é chamado assim, mas quem definirá o tipo de comércio será a Prefeitura”.
Pavilhão Frontal
Com 17 lojinhas, o Pavilhão Frontal exerce o papel de ‘cartão de visita’ do mercado para a cidade. Reformados, esses espaços contam com um piso e um ‘semipiso’, destinado ao armazenamento de produtos. A escada que dá acesso à área superior se destaca ao suportar o modelo presente na casa de Alberto Santos Dumont. “A pessoa é obrigada a começar com o pé direito”, ressaltou Jackson.
Na área superior, um mirante proporciona uma visão total do Pavilhão Central. O espaço, entretanto, não deverá acomodar a direção do mercado. “O local ainda conta com um antigo brasão de Manaus, em alto-relevo, que passa por restauração”, apresentou o engenheiro. Outra escada dá acesso, mais acima, à sala do relógio do mercado. “Instalaremos um relógio interno digital que controlará o analógico do lado de fora”.
“Tem até algo curioso que vamos recuperar nesse processo que é o Sino da Creolina. Na época em que não havia refrigeração para os alimentos, assim que o relógio assinalava 11h, quem vendeu vendeu e que não vendeu tinha creolina jogada sobre os alimentos”, informou.
Completam a área superior do Pavilhão Frontal dois restaurantes. “Pelas áreas, eles terão capacidades para 30 a 40 pessoas”, disse. Esse setor também contará com elevadores de acessibilidade.
Áreas livres
Assim como a praça que será erguida na entrada do mercado virada para o Rio Negro, os espaços entre os pavilhões serão destinados ao trânsito livre de pessoas.
Como vocês puderam ver, o Mercado Municipal Adolpho Lisboa (Mercadão) está lindo! Vamos ver o quanto durará!!
O que mais me alegra e agrada é saber que a Secretaria Municipal de feiras, Mercados, Produção e Abastecimento (Sempab) ofereceu diversos cursos voltados aos permissionários das feiras municiais. O cronograma foi desenvolvido em parceria com a Fundação Escola de Serviço Público Municipal e Inclusão Socioeducacional (Fespi), Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). As lições tiveram meta como reparar melhor os profissionais que atuam no setor.
Foram disponibilizados cursos de inglês, retirada de espinha e filetagem de peixe, além de palestras sobre higiene e manipulação de alimentos, atendimento ao público e conhecimentos sobre a Legislação municipal. O secretário da Sempab, Fábio Pacheco, espera que o trabalho possa contribuir para a melhoria do atendimento ao público e ao turista, atraindo mais consumidores para as compras nas feiras e mercados.
É isso aí, parabéns a Prefeitura de Manaus pela obra! E qualquer coisa ME CHAMEM NOVAMENTE QUE VOU COM MAIOR PRAZER!!!