30jul
O que significam as emoções para a nossa saúde?

O que significam as emoções para a nossa saúde?

O tempo todo temos que lidar com sentimentos e emoções, positivas ou negativas, e poucos sabemos, entretanto, é o impacto dessas emoções em nossa saúde.

Fato é que todos precisamos ser resilientes. Ser resiliente é entrar e sair de um estado emocional o mais rápido possível. Se algo lhe atinge, você tem que aprender a superar a tristeza, erguer a cabeça, bola pra frente e tentar novamente. Quanto mais rápido você conseguir , mais resiliente você é.

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Para isso, existe um estudo sobre a síndrome geral de adaptação, um padrão específico de resposta comportamental proposto por Hans Selye, em 1936, e que ajuda a explicar o efeito do estresse no corpo humano. De acordo com a teoria (Figura 1 a seguir), existem três fases sucessivas de resposta diante de um evento estressor: alerta, resistência e exaustão:

Fase de alerta: ocorre quando o indivíduo entra em contato com o agente estressor e o seu corpo perde o equilíbrio. Alguns sintomas possíveis são dores no estômago (acidez estomacal), aumento de sudorese, tensão nos ombros, insônia, mudança de apetite.

Fase de resistência: nessa fase, o corpo busca voltar ao equilíbrio. Há um aumento de liberação de cortisol e tem-se impressão de controles esporádicos. Alguns sintomas possíveis podem ser cansaço constante, problemas dermatológicos, problemas com memória, gastrite prolongada, tonturas, sensibilidade emotiva excessiva e obsessão pelo agente estressor.

Fase de exaustão: na última fase, podem ocorrer diversos comprometimentos físicos em forma de doença. Alguns sintomas podem ser: diarreias frequentes, tiques nervosos, problemas dermatológicos prolongados, tonturas frequentes, úlcera, impossibilidade de trabalhar, taquicardia, insônia prolongada, formigamento nas extremidades.

Após a fase de exaustão, podem se instalar no organismo diversas doenças crônicas, como úlceras, hipertensão arterial, artrites e lesões miocárdicas.

Resistência x Tempo / Foto : Divulgação

Resistência x Tempo / Foto : Divulgação

As emoções

Uma emoção é composta de vários elementos; ela passa por nossa consciência tão rapidamente que, por vezes, não a percebemos. Existem, pelo menos, três elementos em cada emoção: o tipo de pensamento associado a ela; a resposta fisiológica que ela gera, e o comportamento que assumimos a partir dela (GONZAGA, 2021).

De acordo com Paul Ekman (2016), temos emoções universais, ou seja, compartilhadas por toda a espécie a partir de cinco rotas evolutivas. A compreensão de nossas cinco rotas emocionais básicas nos permite saber as bases de nosso comportamento:

  • Medo: uma percepção de ameaça real e iminente.
  • Raiva: aponta uma percepção de injustiça, algo que nos bloqueia.
  • Tristeza: provoca nossa resposta diante da perda de algo de valor.
  • Nojo: aponta nossos gostos e preferências pessoais.
  • Alegria: indica percepção de algo de valor.

Cada uma dessas cinco rotas abre caminho para centenas de estados emocionais secundários, como melancolia, ansiedade ou frustração, perceptíveis em nossas relações de trabalho. Para cada “família” emocional existem determinadas atitudes, e todas as emoções são “úteis” no sentido de que nos trazem informações sobre nossa relação com o mundo. No entanto, podemos utilizá-las a nosso favor, de maneira construtiva (visando ao bem-estar e a uma melhor relação com a realidade) ou destrutiva (quando não nos desvencilhamos dos estados negativos ou prejudicamos outras pessoas).

Vamos, então, compreender alguns comportamentos possíveis para cada uma das famílias emocionais, explorando respostas construtivas ou destrutivas a partir de exemplos:

  • Ações diante do medo: evitar a ansiedade (medo de uma ameaça imaginada) pode ser construtivo, se nos ajudar a fazer uma apresentação para uma sala cheia de pessoas, e destrutivo, se nos impedir de confrontar nosso difícil relacionamento com nosso chefe.
  • Ações diante da raiva: suprimir nossa frustração pode ser algo construtivo, se nos ajudar a evitar discussões, e destrutivo, se estivermos magoados por não falarmos por nós mesmos.
  • Ações diante da tristeza: renunciar a sentimentos de desamparo pode ser uma ação construtiva para superar um luto intenso, porém destrutiva, se não buscarmos apoio quando precisarmos ou se formos vítimas de uma positividade tóxica (evitação extrema de sentimentos negativos).
  • Ações diante do nojo: evitar a aversão pode ser algo construtivo para superar o preconceito, mas destrutivo se levar a um envolvimento com uma pessoa prejudicial.
    Ações diante da alegria: expressar nossa alegria por um comportamento extrovertido e brincalhão pode ser construtivo como meio de compartilhar com amigos um final de tarde, mas destrutivo se for em resposta a zombar de alguém.

Com base nesses exemplos, reflita sobre a forma como você lida com as diferentes emoções, se de maneira construtiva ou destrutiva, e qual família emocional (medo, raiva, tristeza, nojo, alegria) representa um desafio à inteligência emocional.

O que significam as emoções para a nossa saúde?

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Sobre Marcus Pessoa

Nascido em Manaus, sou designer e empreendedor, focado em cultura amazônica, comunicação digital, economia criativa, turismo e empreendedorismo.
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