Após muito tempo preparando terreno para um Golpe em 7 de Setembro, no fim das contas não aconteceu nada. Aliás, só demonstrou que temos um presidente falastrão e covarde. Até durante suas falas golpistas, o Presidente não tem bolas suficiente para dizer que quer dar um golpe de estado e usa as desculpas sem citar nomes como fez ao atacar ao Supremo Tribunal Federal, dizendo que: “Ou o chefe desse Poder [presidente do STF, Luiz Fux] enquadra o seu [ministro] ou esse Poder pode sofrer aquilo que nós não queremos”. Bravata pura.
E empolgado no seu direito de falar merda, defecou mais um vaso “[Quero] dizer aos canalhas que eu nunca serei preso”, disse o presidente, que prosseguiu. “Ou esse ministro se enquadra ou ele pede para sair. Não se pode admitir que uma pessoa apenas, um homem apenas turve a nossa liberdade.”, concluiu o estrumentíssimo presidente Bolsonaro.
As manifestações convocadas em favor do governo foram um teste decisivo para o futuro do presidente Jair Bolsonaro. Com a popularidade em baixa, refém do Centrão no Congresso Nacional e pressionado pelo fraco desempenho da economia, o capitão reformado tentou ir pro tudo ou nada e mostrar que tem respaldo popular para manter as críticas ao Judiciário e defender o que bolsonaristas entendem por liberdade de expressão.
Um grupo de 158 políticos e ativistas de 27 países, incluindo parlamentares e ex-presidentes, divulgou uma carta aberta em que alerta para “insurreição” e riscos à democracia brasileira durante os protestos de Sete de Setembro liderados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O que ficou evidente é que o presidente Bolsonaro não tem um plano de governo. Não sabe costurar, construir coligações e alianças. Porque, na verdade, ele não tem nenhuma necessidade de alianças, uma vez que ele não tem metas, não tem políticas públicas que queira aprovar.
O único instrumento que ele tem é seu apelo ao povão. E é também a única coisa que ele sabe fazer. É o que fazia quando era deputado e agora multiplique isso por 100 porque ele está na presidência. Essa é a única forma política que ele conhece porque foi sempre marginal na política, sempre se colocou como um outsider.
Claro que o flerte dele com um possível golpe é a única coisa que ele tem. E um golpe agora seria uma situação muito diferente de 1964. Ele não tem o apoio dos Estados Unidos. Nenhuma das principais instituições do Brasil está batendo as panelas por um golpe. Não há gente na grande mídia, entre os governadores, no Congresso, nenhum dos grandes atores que apoiaram 1964 estão agora clamando por um golpe militar. Não há interesse entre os chamados “faria limers”, as elites econômicas, por um golpe. Ok, eles apoiaram Bolsonaro, mas muitos já o abandonaram porque a economia tem desempenho pífio e Bolsonaro não implementa políticas para ajudá-los a ganhar dinheiro.
Apesar de todo o desejo de poder e força de Bolsonaro, ele parece ter esquecido o quão poderosa é a instituição Presidência da República. Ele entregou seu poder ao Congresso, ao Centrão, de uma maneira sem precedentes. É certamente algo novo ver um presidente que não quer governar. Um presidente que passa todo dia criando notícia falsa, arrumando confusão com os poderes e passeando de moto.
No fim das contas um golpe de 7 de setembro é apenas mais uma notícia mentirosa do Bolsonaro e seu clã. E aliás, de quem foi a brilhante ideia de inflar um pinto verde e amarelo na Avenida Paulista? Esses conservadores estão diferente….
Vocês viram a foto da Sarah Teofilo, do R7? Pra mim, a imagem do dia. Ela fala muito sobre os “patriotas que foram as ruas hoje”, os que não estão nem aí pros outros. Não estão nem aí pra miséria que o Brasil está passando. Nem aí pros brasileiros. Os que se pudessem incendiar pobre e morador de rua, fariam. Os que não sentem dó, nem pena, nem comoção ao ver alguém indigente e que se pudessem, sumiam com todos eles.
Infelizmente muitos dos que estavam nas ruas hoje, possuem esse caráter. Ainda bem que ficou provado que eles não são maioria. Em local que aguardavam 2 milhões de pessoas, como na Av. Paulista, tiveram 125 mil pessoas, ou seja, 6% do esperado.
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