A atual Catedral Metropolitana de Manaus está situada na parte central da cidade, sobre uma elevação entre os igarapés do Espírito Santo e da Ribeira (ambos aterrados), com sua fachada principal voltada para o rio Negro que até hoje é o principal portão de entrada da capital amazonense.
A Praça XV de novembro, onde está localizada a Igreja da Matriz, já recebeu diversos nomes como Largo da Olaria, Praça da Imperatriz, praça do comércio ou praça Osvaldo Cruz. De todos esses nomes o mais importante é ter sido denominado de Largo da Olaria e este foi um dos primeiros nomes, ainda, no Brasil Colônia.
Vistas da evolução da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição e seu entorno. Construída pelos padres Carmelitas em 1659 – erguem a primitiva Matriz de Nossa Senhora da Conceição.
História através do tempo:
Em 1695 – É criada a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição.
Em 1786 – Construída a futura Catedral de Manaus.
Em 1850 – Sofre um incêndio nesse mesmo ano.Em 1855 é autorizado o gasto para a construção de uma nova Igreja Matriz.
Em 1859 – as obras paralisam.
Em 1860 – recebe alterações em sua construção.
Em 1870 – começam as obras de construção do primeiro cais da cidade em frente da Igreja – chamado Cais da Imperatriz.
Em 1871 – Os comerciantes Antonio Joaquim da Costa & Irmãos se propuseram a realizar gratuitamente o aterro e o calçamento do espaço entre as duas rampas que existiam na praça, concluindo o serviço no ano seguinte.
Em 1877 – O presidente da província Domingos Monteiro reconhece que há defeitos em sua construção.
Em 1878 – Somente em 15 de agosto de 1878, passados vinte anos de sua construção, a Igreja pôde ser benta e inaugurada.
Em 1894 – Eduardo Ribeiro faz algumas obras de aformoseamento na Praça XV de Novembro e conclui as obras no complexo da Igreja Matriz e seu entorno com o aterramento do Igarapé do Espírito Santo num dos lados da praça.
Em 1897 – criam-se as praças laterais ajardinadas.
Em 1915 – a praça denomina-se: Praça do Comércio.
Em 1939 – Praça Osvaldo Cruz; Embelezamento da Praça Santo Dumont com o seu chafariz fica em frente à Matriz; Em um jardim – ficava o monumento ao Barão Sant’Ana Nery;Em outro jardim ficava o Pavilhão Universal Ajuricaba; Na lateral na av. Eduardo Ribeiro foi construído o Obelisco em homenagem a elevação de Manaus a Província.
E também nos idos de 1927 – o relógio da municipalidade e nos anos 1970 sob a administração do prefeito Jorge Teixeira – as praças foram dilapidadas bem como retirados seus monumentos, lajotas de Canaria de mármore da igreja matriz substituídos por peças de cimento.
Atualmente, duas das principais avenidas da cidade margeiam a Catedral e seu jardim: as avenidas Eduardo Ribeiro e a Sete de Setembro. A localização da capela carmelita, que teria sido o núcleo original da Catedral Metropolitana de Manaus, é um ponto de controvérsia, pois, segundo alguns interessados pelo tema, a capela Nossa Senhora da Conceição estava localizada mais a oeste da atual (Tenreiro Aranha, entre outros).
Em 1858, o Presidente da Província, Francisco José Furtado, autoriza o início da construção da igreja atual com a fixação da primeira pedra do atual templo. O prédio foi custeado diretamente pela província, o Amazonas, e pelo império brasileiro. E a tradicional falta de mão-de-obra e de material fez com que a igreja só fosse dada como terminada em 1877. Um ano após o lançamento da pedra fundamental, índios eram capturados para trabalhar na construção.
A catedral Metropolitana de Manaus tem linhas neoclássicas desde sua fachada até o seu interior. Foi construída sobre uma capela do século XVII, recebendo acréscimo posterior até chegar às dimensões atuais. A sua fachada principal contém uma escada de acesso com cinco degraus, frontões triangulares sobre a porta principal, janelas e duas torres sineiras.
Fonte: Manaus de Antigamente