A noite da sexta-feira dia 28 de março de 2014 foi marcado por um acidente horrível. Por volta das 20h30, um caminhão do tipo caçamba, que trafegava no sentido bairro-centro, se desgovernou a 100 km/h e furou a contramão da Avenida Djalma Batista atingindo em cheio e de frente um ônibus executivo que fazia a linha 825 (Redenção-Bairro da Paz) em frente da Universidade Paulista – UNIP, em Manaus.
O micro-ônibus estava com aproximadamente 40 passageiros na hora da colisão. Depois da batida, foi um desespero só. Foram confirmadas a morte de 16 pessoas, entre elas os motoristas dos dois veículos, uma criança e uma grávida. O caminhão prestava serviços para a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf). A prefeitura decretou luto oficial de três dias na capital. O acidente foi registrado no 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
As notícias correram rapidamente através das redes sociais, também, rapidamente, Manaus se preparou para uma doação de sangue para as vítimas que sobreviveram e a Fundação HEMOAM convocou toda a população que entrasse nessa causa praticamente de imediato. A população atendeu ao chamado e na manhã do sábado viu um povo com o sangue solidário estar pronto para a doação às vítimas.
Na Avenida Djalma Batista, cruzando com a Avenida Mário Ypiranga (Recife), os gritos de desespero de quem testemunhava a tragédia assombrava à todos. Ninguém havia entendido como aquilo foi acontecer. Universitários, trabalhadores, gestantes, crianças, idosos, todos voltando para seus lares quando foram surpreendidos pelo caminhão desgovernado. As pessoas que vinham na parte frontal do micro-ônibus foram as principais vítimas fatais. Entre elas está o motorista do ônibus, Robert da Cunha Moraes, 27 anos.
Universitários que saíam da UNIP e funcionários do Posto Ypiranga, localizado próximo do acidente, foram os primeiros a prestarem socorro as vítimas. Quase de forma imediata, o poder público mobilizou seis viaturas do Corpo de Bombeiros, 13 viaturas da Polícia Militar e 15 viaturas do Samu para atenderam a ocorrência. Alí, já dava para se ter ideia de o que está acontecendo.
Somente algumas horas depois que os bombeiros tiraram as vítimas e os corpos debaixo dos ferros distorcidos, foi que a população pôde ter uma noção real do estrago. Foram confirmadas a morte de 16 pessoas, entre elas os motoristas dos dois veículos, uma criança e uma grávida e outras 20 pessoas feridas. As vítimas do acidente deram entrada em cinco unidades de saúde da cidade. Sobre a vítima fatal que estava grávida, os bombeiros ainda chegaram a realizar o parto do bebê, mas não restiu e também veio a óbito.
O caminhão prestava serviços para a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) que à época era dirigida pelo vice-prefeito Hissa Abrahão, que chegou a estar presente no local e decretou luto de 3 dias no município. O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, que estava viajando para São Paulo, cancelou toda sua agenda para retornar a Manaus e prestar apoio as vítimas.
De acordo com informações da polícia e de testemunhas, o caminhão trafegava no sentido bairro-centro quando perdeu o controle, atravessou o meio-fio e invadiu a contramão, batendo de frente com o coletivo, que fazia a linha 825 (Redenção-Bairro da Paz). Testemunhas disseram ainda que o micro-ônibus estava lotado e muitos passageiros estavam em pé no interior do veículo.
Abaixo do viaduto Ayrton Senna, foi criado um pequeno Memorial em Homenagem às Vítimas de 28 de Março de 2014, na qual placas com o rosto e o nome de cada um deles marca e deixa nítido a tragédia que lá ocorreu.
Anualmente a Prefeitura Municipal de Manaus realiza no local um culto ecumênico em memória as vítimas. O ato é sempre celebrado no canteiro central da Avenida Djalma Batista, zona Centro-Sul, mesmo local do acidente. No local, as fotografias expostas em um painel afixado embaixo do viaduto Ayrton Senna relembram as vítimas dessa tragédia que fez Manaus chorar.
Fora as fotografias, infelizmente, no local não existe nenhuma explicação do que aconteceu ali, apenas sabem do ocorrido, aqueles que puderam testemunhar tamanha tragédia.
Gabriela, Davi, Robert, João, Adriane, Sebastião, Quezia, Luiz, Tânia, Ozaias, Clarice, Ricardo, Domingos, Carlos, Lincoln, Rosangela foram as vítimas fatais de 28 de março de 2014, o dia que Manaus chorou de dor e se enlutou por 3 dias.
Em 01 de setembro de 2014, a Prefeitura de Manaus inaugurou o Complexo Viário 28 de Março, ele melhora o acesso ao Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e à Zona Norte da cidade. O nome do viaduto referência ao acidente entre um caminhão e um micro-ônibus, que vitimou 16 pessoas.