24fev

Design Minimalista sobre as Lendas da Amazônia

Após passar o dia lendo sobre as mais diversas lendas amazônicas afim de atualizar minha nova empreitada em site https://noamazonaseassim.com/ resolvi experimentar esse estilo de design que conheço muito pouco e particularmente não curto muito. É bom criarmos desafios para nós mesmos, buscarmos alternativas e explorarmos nossa capacidade criativa além de praticar sempre!
Eu costumo dizer que se você não tem trabalho pra fazer, então procure algo, menos ficar ocioso, experimente, vá ler, vá estudar, vá escrever versos, vá jogar sadoku, vá jogar vídeo-game, vá ficar na internet.
Sem mais demoras, listarei as lendas amazônicas e os cartazes de cada uma com o formato minimalista.

Lenda do Boto

Durante as noites de festa, o boto transforma-se em um belo rapaz vestido de branco e usando um chapéu. Dizem que dança muito bem e gosta de beber. Como um cavalheiro, ele conquista e encanta a jovem mais bonita e a leva para o rio. Tempos depois a moça aparece grávida. Dizem algumas versões do mito, que o boto, quando está transformado em homem, nunca tira o chapéu branco para que não lhe vejam o orifício que tem no alto da cabeça. A lenda do boto é mais uma crença que o povo costumava lembrar ou dizer como piada quando uma mulher fica grávida e se desconhece a paternidade. Daí se diz: “Foi o boto.”
 

Lenda do Boto

Lenda do Boto

Lenda do Guaraná

Um casal de índios pertencente à tribo Maué, vivia junto por muitos anos sem ter filhos. Um dia eles pediram a Tupã para dar a eles uma criança para completar suas vidas. Tupã, sabendo que o casal era cheio de bondade, lhes atendeu o desejo dando a eles um lindo menino. O tempo passou e o menino cresceu bonito, generoso e querido por todos na aldeia. No entanto, Jurupari, o deus da escuridão e do mal, sentia muita inveja do menino e decidiu matá-lo. Certo dia, o menino foi coletar frutos na floresta e Jurupari se aproveitou da ocasião para lançar sua vingança. Ele se transformou em uma serpente venenosa que atacou e matou o menino. A triste notícia se espalhou rapidamente. Neste momento, trovões ecoaram e fortes relâmpagos caíram pela aldeia. A mãe, que chorava em desespero, entendeu que os trovões eram uma mensagem de Tupã, dizendo que deveriam plantar os olhos da criança e que deles uma nova planta cresceria dando saborosos frutos. Assim foi feito e os índios plantaram os olhinhos da criança. Neste lugar cresceu o guaraná, cujas sementes são negras rodeadas por uma película branca, muito semelhante a um olho humano.

Lenda do Guaraná

Lenda do Guaraná

 

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Lenda da Iara

A Iara é uma dos mitos mais conhecidos da região amazônica. É uma linda mulher morena, de cabelos negros e olhos castanhos. Exerce grande fascínio nos homens, pois aqueles que a vêem banhar-se nos rios não conseguem resistir aos seus encantos e atiram-se nas águas. Os que assim o faz, nem sempre voltam vivos e os que sobrevivem, voltam assombrados, falando em castelos, séquitos e cortes de encantados. É preciso muita reza e pajelança para tirá-lo do encantamento. Alguns descrevem Iara como tendo uma cintilante estrela na testa, que funciona como chamariz que atrai e hipnotiza os homens. Acredita-se também que ela tem forma de peixe na parte inferior, outros dizem que é apenas um vestido, ou uma espécie de saia, que ela veste por vaidade e para dar a ilusão de ser metade mulher, metade peixe. Em certos locais, dizem que Iara é um boto-fêmea. Ela também encanta os homens e levá-os para o fundo do rio. Em outros lugares dizem ser a própria boiúna (cobra grande).

Lenda da Iara

Lenda da Iara

Lenda da Vitória Régia

Há muitos anos, nas margens do majestoso rio Amazonas, as jovens e belas índias de uma tribo, se reuniam para cantar e sonhar seus sonhos de amor. Elas ficavam por longas horas admirando a beleza da lua branca e o mistério das estrêlas sonhando um dia ser uma delas. Enquanto o aroma da noite tropical enfeitava aqueles sonhos, a lua deitava uma luz intensa nas águas, fazendo Naia, a mais jovem e mais sonhadora de todas, subir numa árvore alta para tentar tocar a lua. Ela não obteve êxito. No próximo dia, ela e suas amigas, subiram as montanhas distantes para sentir com suas mãos a maciez aveludada da lua, mas novamente elas falharam. Quando elas chegaram lá, a lua estava tão alta que todas retornaram a aldeia desapontadas. Elas acreditaram que se pudessem tocar a lua, ou mesmo as estrêlas, elas se transformariam em uma delas. Na noite seguinte, Naia deixou a aldeia esperando realizar seu sonho. Ela tomou o caminho do rio para encontrar a lua nas negras águas. Lá, imensa, resplandescente, a lua descansava calmamente refletindo sua imagem na superfície da água. Naia, em sua inocência, pensou que a lua tinha vindo se banhar no rio e permitir que fosse tocada. Naia mergulhou nas profundezas das águas desaparecendo para sempre. A lua, sentindo pena daquela tão jovem vida agora perdida, transformou Naia em uma flor gigante – a Vitória Régia – com um inebriante perfume e pétalas que se abrem nas águas para receber em toda sua superfície, a luz da lua.

Lenda da Vitória Régia

Lenda da Vitória Régia

Lenda do Curupira

Guardião das florestas e dos animais, o Curupira é um pequeno ser com traços índios, cabelo de fogo e com os pés virados para trás que possui o dom de ficar invisível. Diizem que o curupira é o protetor daqueles que sabem se relacionar com a natureza, utilizando-a apenas para a sua sobrevivência, ou seja, o homem que derruba árvores para construir sua casa e seus utensílios, ou ainda para fazer o seu roçado e caça apenas para alimentar-se, tem a proteção do Curupira. Mas aqueles que derrubam a mata sem necessidade, os que caçam indiscriminadamente, estes têm no Curupira um terrível inimigo e acabam caindo em suas armadilhas. Para se vingar daqueles que destroem a floresta, o Curupira se transforma em caça, uma paca, onça ou qualquer outro bicho que atraia os caçadores para o meio da floresta, fazendo-o perder a noção de seu rumo e ficar dando voltas no mato, retornando sempre ao mesmo lugar. Outra forma de atingir os maus caçadores é fazendo com que sua arma não funcione ou fique incapaz de acertar qualquer tipo de alvo, principalmente a caça. Na realidade, a lenda do Curupira revela a relação dos índios brasileiros com a mata. Não é uma relação de exploração, de uso indiscriminado, mas de respeito pela vida.

Lenda do Curupira

Lenda do Curupira

Lenda do Muiraquitã

Antigamente havia uma tribo de mulheres guerreiras, as ICAMIABAS, que não tinham marido e não deixavam ninguém se aproximar de sua taba. Manejavam o arco e a flecha com uma perícia extraordinária. Parece que Iací , a lua, as protegia. Uma vez por ano recebiam em sua taba os guerreiros Guacaris, como se fossem seus maridos. Se nascesse uma criança masculina era entregue aos guerreiros para criá-los, se fosse uma menina, elas ficavam com ela. Naquele dia especial, pouco antes da meia-noite, quando a lua estava quase a pino, dirigiam-se em procissão para o lago, levando nos ombros potes cheios de perfumes que derramavam na água para o banho purificador. À meia-noite mergulhavam no lago e traziam um barro verde, dando formas variadas: de sapo, peixe, tartaruga e outros animais. Mas é a forma de sapo a mais representada por ser a mais original. Elas davam aos Guacaris, que traziam pendurados em seu pescoço, enfiados numa trança de cabelos das noivas, como um amuleto. Até hoje se acredita que o Muiraquitã traz felicidades a quem o possui, sendo, portanto, considerado como um amuleto de sorte.

Lenda do Muiraquitã

Lenda do Muiraquitã

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Sobre Marcus Pessoa

Nascido em Manaus, sou designer e empreendedor, focado em cultura amazônica, comunicação digital, economia criativa, turismo e empreendedorismo.
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