Em novembro de 2013, decidi convocar meu amigo Edlucio Castro para a seguinte missão: Visitar as Ruínas da Represa da Cachoeira Grande, no bairro São Jorge em Manaus.
A Represa e Estação de Bombeamento de Águas da Cachoeira Grande foi inaugurada em 1888, com 105 metros de comprimento.
As fotografias antigas mostram como era bonito o local. O progresso desenfreado e a insensibilidade das pessoas acabaram com tudo, o igarapé virou um esgoto a céu aberto – o que restou do empreendimento foram as ruínas do imponente prédio, no estilo medieval.
O passado dessa obra magnífica pode nos ensinar como não construir o futuro. Nesse post, eu ( Marcus Pessoa), lhes guio até o encontro deste magnífico prédio! As fotografias ficaram por conta do Edlucio Castro.
Como chegar nas Ruínas da Usina da Cachoeira Grande
Quem desejar conhecer o local deve descer cuidadosamente em um beco, no início da primeira Ponte do bairro São Jorge, chamado Comunidade Beco Santa Terezinha. O beco faz um L , não se preocupe, basta você não julgar ninguém, cumprimentar a comunidade e andar pelo beco observando as casas tipo palafitas e lamentar muito pelo estado em que se encontra o imóvel.
Apesar de tudo de ruim que os homens fizeram, ele faz parte da nossa história, não podemos permitir a destruição total da nossa memória.
Descortinar a historia por entre amontoados de palafitas na Rua da Cachoeira, no bairro de São Jorge, em Manaus, é vislumbrar um passado da cidade que se perde diante da poluição. As ruínas imponentes do que restou do prédio, escondidas entre construções toscas que se equilibram sobre toras de madeira às margens do igarapé de águas fétidas, surgem insistindo em ficar.
Hoje, a população do local e muitos amazonenses não fazem noção da importância deste patrimônio. Enquanto fazia a foto do local com meu amigo Ed, um dos moradores veio nos mostrar um pouco mais o local.
O seu Pereira me disse que o barulho da cachoeira o ajuda a ficar tranquilo, ele passa muito tempo ouvindo o som das águas corredeiras, enquanto senta no batente dentro da comunidade Santa Terezinha.
Conversei com o seu Pereira e perguntei se ele sabia como era esse prédio antigamente, ele me disse que não, então conectei do meu celular com o post do nosso blog, para mostrar fotos antigas do local.
Ele ficou maravilhado e imaginando como deveria ser lindo, e como deveria ser gostoso tomar banho naquelas águas límpidas.
A casa de Máquina, ele se referia como “Castelo”, atualmente o local abriga a sede do Centro Comunitário do Beco Santa Terezinha, com atividades para a comunidade.
Abaixo, seguem duas fotos exclusivas de dentro da casa das máquinas que fiz. Percebi um cadeado novo na porta, e a curiosidade foi maior. Espiei entre as brechas e vi primeiramente algumas cadeiras, então, tirei a outra fotografia por cima da porta para ter um campo mais aberto de visão.
Continuo a acreditar que a Prefeitura de Manaus ainda pode revitalizar o prédio, indenizar todos os moradores do local, fazer um passeio público e inclui-lo como parte do Parque dos Bilhares, mas, falta vontade política por parte dos prefeitos de Manaus.
Para a minha surpresa…seguem as duas imagens abaixo.