13jul
Brasileiros acreditam que partidos políticos são “corruptos ou muito corruptos”.

Brasileiros acreditam que partidos políticos são “corruptos ou muito corruptos”.

Tantos escândalos filmados, provados e registrados. Tantos crimes não julgados. Tanta coisa errada que fez com que os brasileiros ficassem desacreditados com a política, pior do que isso, a população está generalizando os políticos como ladrões, como gente da pior espécie.

Aquelas pessoas estão lá por vontade popular, por falta de educação na hora de votar talvez. Fato é que se as pessoas do bem ficarem longes da política popular, então, nossa sociedade não terá chance de mudar! Já diz o ditado:

“QUANDO OS GATOS SAEM, OS RATOS FAZEM A FESTA”.

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Pesquisa da Transparência Internacional divulgada nesta terça-feira mostra também desconfiança da sociedade no Congresso

Pesquisa da Transparência Internacional divulgada nesta terça-feira mostra também desconfiança da sociedade no Congresso

Para 81% dos brasileiros, partidos são ‘corruptos ou muito corruptos’

BRASÍLIA — Pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Organização Não Governamental (ONG) Transparência Internacional revela que 81% dos brasileiros acreditam que partidos políticos são “corruptos ou muito corruptos”. O Congresso Nacional aparece em seguida entre as instituições mais desacreditadas pela população, com 72%. O estudo faz parte do Barômetro Global da Corrupção 2013.

Além dos partidos e do Congresso, o levantamento indica ainda que 70% dos entrevistados creem que a polícia também é afetada pela corrupção e outros 55% o sistema de saúde. O Poder Judiciário aparece na lista com 50% de desconfiança, seguido pelo funcionalismo público, com 46%; imprensa, 38%; ONGs e setor privado, 35%; igreja, 31%; e militares, 30%.

O levantamento ouviu 114 mil pessoas em 107 países — em 51 deles a população diz acreditar que a corrupção atingiu os partidos —, no período de setembro de 2012 a março de 2013, e mostra que a corrupção é um fenômeno amplo. É a oitava versão da pesquisa sobre o mesmo tema, envolvendo vários países. No Brasil, foram 2.002 entrevistados.

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‘As manifestações representaram tudo isso’, diz Abramo

Em 2010, segundo a Transparência Internacional, a percepção do aumento da corrupção chegava a 64% dos brasileiros. No levantamento atual, o setor público brasileiro atingiu nota de 4,6 no grau de corrupção, numa escala de 1 a 5.

— As manifestações que ocorreram no Brasil representaram tudo isso. E com razão. O noticiário político só aparece nas páginas policiais. O Brasil é um país onde não se discute política, se discute apenas o crime — afirmou Cláudio Abramo, diretor-executivo da ONG Transparência Brasil.

Para Abramo, a lentidão no julgamento de processos reflete o resultado referente ao Poder Judiciário:

— A Fundação Getúlio Vargas também faz pesquisas e os resultados mostram que a população critica, mas ainda recorre à Justiça para resolver suas pendências. A lentidão é um problema. Os brasileiros perdem a confiança nas instituições porque os representantes se comportam mal. A Justiça, por sua vez, não oferece bem o serviço.

O deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ) lembra que há três anos entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Lei 12.034/09, a chamada minirreforma eleitoral, já sancionada pela presidente Dilma Rousseff. O parlamentar questiona diversos dispositivos da norma, que alterou a legislação eleitoral vigente no país a partir das eleições de 2010. O relator é o ministro Luiz Fux.

— Há uma desconfiança da população com o sistema eleitoral brasileiro. Esse estudo reflete corretamente a realidade. Por isso, recorremos ao STF para tentar mudar esses fatores que atropelam a Constituição. Os partidos políticos vão receber este ano R$ 330 milhões do fundo partidário. São recursos públicos. E ainda pagam pela propaganda no rádio e na televisão. Muitas vezes, esses partidos negociam esses horários com governadores e prefeitos em troca de nomeação de cargos — afirma Miro Teixeira.

Ricardo Caldas, professor de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), conta que os índices de descrédito do cidadão com partidos políticos e com o Congresso se agravou nos últimos anos.

— Fiz pesquisa que mostrou que 85% do brasileiro não confia em políticos. Ou seja: a população está desacreditada por causa da corrupção — ressalta Caldas.

68% dos entrevistados estão dispostos a denunciar a corrupção

Outra constatação é que 68% das pessoas estão dispostas a denunciar casos de corrupção. Mas esse percentual é menor que a média mundial, de 80%. Além disso, 44% dos brasileiros afirmaram que não denunciam os corruptos por medo. Dos entrevistados, 27% admitiram que pagaram suborno para ter acesso a serviços públicos e instituições no último ano.

O trabalho da Transparência Internacional mostra ainda que dois terços daqueles que receberam propostas de suborno negaram a oferta, sugerindo, segundo os pesquisadores, que os governos, a sociedade civil e o setor empresarial devem intensificar seus esforços para conseguir que as pessoas contribuam para reverter a corrupção.

A presidenta da Transparência Internacional, Huguette Labelle, disse que os índices de suborno em nível mundial ainda são elevados, mas o fato de o cidadão querer combater a prática e a corrupção em geral deve ser avaliado como positivo.

O Barômetro Global da Corrupção 2013 alerta também que em vários países os entrevistados demonstraram não confiar nas instituições encarregadas de combater a corrupção e outros delitos. Em 36 países, eles citaram a polícia como o setor mais corrupto. Nos mesmos locais, a polícia é apontada como responsável por 53% dos pedidos de suborno.

Em 17 países do G20 (grupo das nações mais desenvolvidas do mundo), 59% dos entrevistados disseram que os governos atuam adequadamente no combate à corrupção. Para os entrevistados de 51 países, os políticos são os mais corruptos. Nos mesmos países, 55% dizem acreditar que o governo defende interesses particulares.

Em 2008, quando o mundo era atingido pela crise econômica, 31% dos entrevistados demonstravam confiança no governo no que se referia às medidas para reagir aos efeitos. Mas a pesquisa recente mostra que o percentual caiu para 22%.

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Sobre Marcus Pessoa

Nascido em Manaus, sou designer e empreendedor, focado em cultura amazônica, comunicação digital, economia criativa, turismo e empreendedorismo.
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