A lenda do boto cor-de-rosa é uma história muito popular na região amazônica e que segundo a lenda, o boto cor-de-rosa é um ser místico que vive nos rios da Amazônia e tem a capacidade de se transformar em um homem muito charmoso e sedutor.
Acredita-se que durante as festas juninas, quando as pessoas se reúnem nas margens dos rios para comemorar, o boto cor-de-rosa sai da água e se transforma em um belo homem. Ele está sempre trajando roupas sociais brancas, e na sua cabeça, usa um chapéu para esconder as suas narinas, pois a sua transformação não é completa nessa região.
Sendo assim, o chapéu esconde a grande evidência de que aquele homem é, na verdade, o boto.
Aos poucos, o boto cor-de-rosa ganha a atenção de todos, pois como dito, ele é descrito como um sedutor irresistível, capaz de conquistar o coração das mulheres com sua dança.
Segundo a lenda, o boto cor-de-rosa busca festas e celebrações nas comunidades ribeirinhas, onde procura mulheres jovens, lindas e solteiras para seduzir. Após ele escolher a mais bela da festa, ele cola nela e conversa vai, conversa vem, a lábia do boto convence a jovem mulher a entrar em seu barco para um passeio pelo rio.
Após algum tempo, a jovem está ardendo em amor e se entrega à tentação. Após uma longa noite de amor, e, antes do fim da noite, ele a abandona e volta para as águas do rio.
Algumas mulheres relatam que do lado de fora do barco, há sempre um lindo boto-cor-de-rosa rodopiando pelas águas do rio e é quando o veem em seu estado original e dessa noite de amor, vêm um bebê!
Diz-se que as mulheres que tiveram um encontro com o boto cor-de-rosa ficam grávidas, mas ao retornarem para suas casas, não se lembram do que aconteceu.
Acredita-se que os filhos dessas mulheres são filhos do boto cor-de-rosa, e eles herdam a beleza e a sedução de seu pai mítico. Essas crianças são conhecidas como “filhos do boto” e são consideradas especiais na cultura local.
Embora seja uma lenda, o boto cor-de-rosa é um símbolo cultural importante na região amazônica e inspira músicas, danças e festividades. A história do boto cor-de-rosa continua sendo passada de geração em geração, enriquecendo a rica tradição oral da Amazônia.
Essa lenda é contada para explicar as gravidezes repentinas e também como uma forma de alerta para as jovens mulheres que frequentam as festas à beira do rio. Ela transmite uma mensagem de cautela e cuidado em relação aos encontros românticos e à importância de se proteger e respeitar as tradições locais.
Existem diferentes versões da lenda, sendo que algumas falam que ele se transforma durante qualquer festa nas comunidades ribeirinhas, e outras, que a transformação só acontece na Lua cheia do mês de junho, durante as festividades de Santo Antônio, São João e São Pedro.