Você já viu esse rosto? Você já sonhou com este rosto? Esse rosto misterioso está circulando pela cidade de Belém desde 2012. Você pode encontrá-lo pelos bairros da Cidade nova, Cidade velha, Val-de-Cans, Umarizal e não só, isso porque ele está completamente espalhado por Belém e muita gente já viu, não a toa, arrisco a dizer que hoje é o rosto mais famoso de Belém!
Qem é o artista? O que isso representa? É uma homenagem póstuma? O que aconteceu com esse menino? São várias perguntas que povoam o imaginário coletivo e agora trago algumas dessas respostas após conversa exclusiva com o criador do Rosto!
Esse um rosto que já faz parte da cultura belenense e a primeira coisa que as pessoas dizem sobre o rosto são as lendas urbanas :
- Uma delas trata-se de uma criança que foi morta pela Polícia com manchetes do tipo ” A triste história do garoto Ítalo morto pela polícia”;
- A outra conta que Ítalo foi um rapaz que morreu em um acidente. Eu gosto muito de uma que diz que
Mas para entender a arte, é preciso entender a mente do seu criador…
O criador do rosto é formado em Artes Visuais e conta que o projeto do Rosto nasceu como pesquisa científica da faculdade, ainda em 2012.
E por se tratar de um objeto de arte contemporânea, ele não gosta de falar do assunto pois é melhor que cada um faça sua própria fruição da arte, e ao explicá-la, acaba por diminuir o encanto.
Vale ressaltar que ele é famosinho em Belém, e por isso, vou preservar sua identidade. Uma dica é que ainda em 2012 ele fez um trabalho de rebrand no atual escudo do Remo.
Sobre o Rosto, ele me contou que foi uma experimentação a contra gosto, estimulada pela coordenador do curso que conhecia seu passado. Assim, ela pediu para ele sair da área de “vandal” para conhecer mais a área de Graffiti, do qual ele não sabia absolutamente nada.
Então nessa pesquisa e produção, ele foi buscando referências para o projeto final. A partir dessa busca, ele lembrou de quando ia para o Estádio com seu pai.
Nas recordações, ele contou que sempre via uma bandeira com o Rosto do Che Guevara. E a partir dali, já na adolescência ele havia pensado em fazer algo parecido e inclusive, chegou a fazer uma bandeira com o seu rosto, meio que sem lógica, mas na intenção apenas de ser “um símbolo”. E ali foi a primeira vez que ele usou o rosto dele como uma forma de expressão artística. Hoje ele sabe que essa forma é na Cultura Pop, contida no Pop Arte.
E a partir disso ele mergulhou de cabeça na Street Art paraense e usou esses dados para seu projeto final, e então começou a deixar suas primeiras impressões pela cidade. Assim, inclusive, ele contou que não foi algo que havia nascido da sua livre e espontânea vontade, era algo que fazia parte de um contexto maior….
Porém…. aí ele começou a se viciar e fazer mais e mais, porque ele achava legal ver a reação das pessoas e de como elas encaravam aquele rosto. E por isso mesmo, ele nunca deu entrevistas ou falou muito sobre isso porque de novo, ele não quis e não quer, que as pessoas saibam necessariamente quem é ele, apesar de deixar alguns lastros no percurso como “rosto e nome”, mas ainda assim, de forma superficial…
Depois ele conseguiu se libertar e dar um tempo nesse vício. Só que quando ele foi começar o Mestrado, ele voltou a fazer com certa intensidade, e isso foi um pouco antes da pandemia.
Perguntei dele também qual foi a mais arriscada de ter feito e vou deixá-lo contar em suas próprias palavras (ver o vídeo).
Bom então é isso, espero que vocês tenham gostado. Comente aqui se você já viu esse rosto por Belém, se você já sonhou com esse rosto, se você imaginava que era essa a história por trás desse rosto… E gostaria de agradecer ao Ítalo por ter topado esse desafio e muito sucesso em seu caminho.
Se você gostou desse vídeo, vou pedindo que você deixe o like, se inscreva no canal e ative a campa, porque assim, quando eu lançar o próximo vídeo, você será notificado, vaaleeuu!