Diferentemente das campanhas brasileiras, ou mesmo, dos kits que estão sendo distribuído nas escolas brasileiras, o Canadá conta com campanhas criativas, tecnológicas e funcionais nos corredores escolares da cidade de Toronto.
O objetivo é aumentar o respeito e conscientizar os alunos sobre as diferenças de gênero e orientação sexual. A organização Pflag, que luta em defesa da comunidade LGBT, criou cartazes tecnológicos que comunicam a proximidade dos gays e heterossexuais.
A peça publicitária foi feita pela J. Walter Thompson Canadá, que desenvolveu uma técnica especial de impressão especialmente para a campanha. Ao impresso foi adicionado um componente interativo, que é acionado pelos flashes disparados diretamente dos smartphones dos alunos.
No poster, foi utilizado a bandeira do orgulho gay, com as cores do arco-íris, símbolo adotado pela causa, os banners trazem a lista de nomes “Lésbica, Gay, Bissexual, Trans, Hétero, Queer e 2-Spirited”, nas paredes da Toronto District School.
Tanto Queer quanto 2-Spirited são variações norte-americanas da comunidade LGBT, a primeira, considera pessoas que não definem seu sexo, já a segunda, abrange gays da comunidade indígena.
A surpresa dos cartazes está no momento em que os alunos fotografam as peças.
Devido a luz do flash, outras palavras surgem, complementando as primeiras. Assim, “lésbica”, ganha o adicional “parceira”, “gay”, leva o complemento “companheiro de equipe”, e assim segue com todas as catalogações da lista.
Embora não tenha nada sobre “compartilhe”, “curta” e “comente”, muitos alunos canadenses espalharam a mensagem nas redes sociais e ajudou a levar ainda mais longe a mensagem. O objetivo complementar era ter os estudantes falando sobre essas coisas, então, esse tipo de comunicação funcionou perfeitamente para levar a mensagem.
Minha opnião
Particularmente, penso que esse tipo de conteúdo seja delicado para se tratar nas escolas, mas acredito que iniciativas como essas são extremamente válidas para serem levadas em escolas de ensino fundamental e médio.
A criatividade é uma arma poderosa para dissolver o preconceito, abrir mentes e ajudar a unir tribos distintas.
Através de iniciativas criativas como essas, o preconceito pode ser combatido, e principalmente, esse tipo de iniciativa reforça ainda mais que as pessoas, independente de orientação sexual, devem e precisam ser respeitadas.
É bem verdade que foi um caso isolado, em uma única escola canadense e compostas por adolescentes, mas ainda assim é inegável que foi uma bela iniciativa. Nas escolas de Manaus, tendemos a pensar que essa iniciativa fracassaria, mas quem está disposto a experimentar e inovar na abordagem sobre o tema?
O formato de escola manauara, no todo, ainda é muito arcaico. Os diretores são escolhidos por indicação e não por mérito. Somente isso já seria o suficiente para sabermos o interesse dos mesmos.
Políticas criativas precisam estar presentes em nossas vidas, assim como o respeito pelo próximo. Pense nisso.